O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP) formou uma comissão para investigar a veracidade de relatos graves encaminhados à direção da instituição por meio de uma carta atribuída a residentes de anestesia da universidade.
SALA DE EMERGÊNCIA
O documento não está assinado e é considerado apócrifo, mas elenca uma sequência de denúncias inquietantes que serão agora averiguadas. De acordo com o texto que chegou à cúpula do HC, há uma crise no setor de anestesia do hospital, com a contratação de "profissionais inexperientes em cuidado de pacientes cirúrgicos de alta complexidade".
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Os pacientes, segue a carta, "não recebem a assistência necessária, correta e merecida", e os recursos públicos estariam sendo gastos "com a contratação de profissionais despreparados, que são alocados no plantão no dia anterior sem qualquer conhecimento do serviço e da sua complexidade".
LINHA
A carta relata episódios que teriam ocorrido no Pronto-Socorro Cirúrgico do Instituto Central, onde estudantes de primeiro e segundo ano de residência médica dão plantões.
LINHA 2
Referência no estado de São Paulo, ele recebe inúmeros casos de urgência e emergência, incluindo acidentados resgatados pelos helicópteros Águias da Polícia Militar.
ESCOLA
Segundo a carta, é "uma experiência ímpar para nós e para os residentes de especialidades cirúrgicas, que nos prepara para atender pacientes extremamente graves, principalmente politraumatizados (principal causa de óbito em adultos jovens em nosso país)".
ESCOLA 2
O problema, diz o texto, é que haveria uma precarização na prestação dos serviços por causa do fim de contrato de terceirização com empresa que fornecia anestesistas experientes e que orientavam os residentes.
MATEMÁTICA
"A conta não fechou, e profissionais inexperientes em cuidado de pacientes cirúrgicos de alta complexidade assumiram o serviço", iniciando-se um ciclo "de ilegalidades normativas", diz o texto.
MATEMÁTICA 2
A carta relata que residentes sem supervisão chegaram a cuidar de quatro salas cirúrgicas simultaneamente, sendo que "mesmo um anestesista formado não poderia, ética e juridicamente, anestesiar mais de um paciente ao mesmo tempo".
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Segundo ainda as denúncias, "houve uma parada cardiorrespiratória durante uma cirurgia complexa em que os médicos assistentes da equipe cirúrgica tiveram de auxiliar os residentes da anestesia pois os próprios anestesistas se mostraram completamente despreparados na condução de tal situação".
MARCHA LENTA
Os problemas estariam levando profissionais a promoverem uma paralisação.
LUPA
O hospital diz que as investigações preliminares já mostraram que há fatos relatados na carta que não correspondem à realidade.
LUPA 2
"O HCFMUSP esclarece que não há greve de profissionais de anestesiologia e que as informações apontadas em uma carta apócrifa estão sendo checadas", diz a instituição em nota.
LUPA 3
A instituição afirma ainda que, sendo "referência internacional", o HC mantém "quadro próprio de anestesiologistas, recentemente reforçado por outros profissionais de empresas terceirizadas para garantir a assistência à população, especialmente com a retomada dos procedimentos cirúrgicos eletivos após o período mais crítico da pandemia, em que estes tiveram de ser suspensos".
É PIQUE!
A ex-senadora e secretária municipal de Relações Internacionais de São Paulo, Marta Suplicy, recebeu convidados como o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), em sua festa de aniversário. A comemoração foi realizada em seu apartamento, localizado na região dos Jardins, no sábado (18).
Marido de Marta, o empresário Márcio Toledo foi o responsável pela organização da confraternização. Passaram por lá nomes como o deputado estadual de São Paulo Emidio de Souza (PT), o advogado Marco Aurélio de Carvalho, a ex-presidente do Coaf Adrienne Senna Jobim, o ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Nelson Jobim e o jornalista, escritor e colunista da Folha Tom Farias.
com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH
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