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Mais Médicos formou doutores, mas 192 mil não têm especialização, revela estudo

Número de vagas em cursos de graduação subiu mais rápido que as disponíveis para residência médica

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Um estudo da Faculdade de Medicina da USP revela que a expansão do ensino na área resultou em uma explosão de médicos generalistas no Brasil, que não fazem residência médica depois de formados para se especializar.

Entrada de faculdade de medicina em São Paulo; país ganhou mais de 180 cursos na área - Danilo Verpa/Folhapress

DOIS PESOS

O aumento no número de cursos e vagas para medicina, impulsionado pela lei que criou o Mais Médicos, em 2013, fez com que o número de estudantes cursando graduação de medicina no Brasil praticamente dobrasse, de 126,7 mil para cerca de 225 mil no ano passado.

MEDIDAS

As vagas para residência médica, no entanto, subiram em um ritmo muito mais lento, e passaram de 29,6 mil no início do Mais Médicos para 45 mil em 2022. Um curso de residência dura de dois a cinco anos.

MEDIDAS 2

Resultado: o país tem hoje 565 mil médicos. Do total, 192,6 mil são generalistas, sem qualquer especialização —número que cresce a cada ano. Em 2018, eles eram 153,8 mil.

VELOZ

"Houve uma expansão acelerada de cursos e vagas de medicina sem que a capacidade de formação de especialistas crescesse na mesma velocidade", diz o professor Mário Scheffer, que coordenou o estudo.

FILA

"O Brasil precisa de médicos generalistas, mas também de especialistas", segue ele. "Essa formação é fundamental para o sistema de saúde. Um dos grandes gargalos do SUS, hoje, é a falta de especialistas, o que contribui para a geração de filas de consultas, exames e cirurgias."

FILA 2

Ele afirma que, no momento em que se discute a retomada de abertura de novos cursos, depois de uma moratória decretada por Michel Temer (MDB) que impediu a criação de novas vagas até o ano passado, é preciso "ser criterioso" e avaliar os resultados da regra do Mais Médicos que impulsionou novos cursos no país. Em 2013, o Brasil tinha 220 cursos de medicina. Neste ano, o número chegou a 389.

TABLADO

O deputado estadual Eduardo Suplicy (PT-S), a cantora Ceumar e o presidente do Instituto Tomie Ohtake, o arquiteto Ricardo Ohtake, prestigiaram, na sexta (12), a estreia da ópera "O Guarani", no Theatro Municipal de São Paulo.

A montagem é assinada por Ailton Krenak e Cibele Forjaz. O líder indígena propõe uma releitura da obra-prima de Carlos Gomes excluindo o balé e inserindo música indígena no espetáculo. A ópera tem a participação da Orquestra e do Coro Guarani do Jaraguá.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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