Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

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Descrição de chapéu casamento

Casamento de Zé Celso e Marcelo Drummond poderá virar documentário

Cineasta Fernando Coimbra comandou equipe que filmou celebração e que gravou noivos também na véspera do evento

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O casamento de José Celso Martinez Corrêa, 86, e Marcelo Drummond, 60, vai ganhar um registro em filme. O cineasta Fernando Coimbra (de "O Lobo Atrás da Porta") foi o responsável por comandar uma equipe de oito pessoas que gravou toda a cerimônia de união do casal, na noite de terça (6), no teatro Oficina, na região central de São Paulo.

Zé Celso e Marcelo Drummond se beijam após a troca de alianças no teatro Oficina, em São Paulo
Zé Celso e Marcelo Drummond se beijam após a troca de alianças no teatro Oficina, em São Paulo - Ronny Santos/Folhapress

As filmagens se estenderam para momentos anteriores à celebração, na véspera, na segunda (5), e também na própria terça, durante o dia.

À coluna, Coimbra diz que ainda avalia o que vai fazer com todo o material que foi captado por um total de cinco câmeras. "Vamos começar a assistir para entender o que temos em mãos. Se vamos transformar em um documentário, se vamos precisar fazer mais entrevistas e de que forma vamos apresentar isso", explica.

A ideia inicial, segundo ele, foi garantir um registro histórico e de qualidade do casamento. Coimbra trabalhou por 12 anos no Oficina e ajudou também na organização e no roteiro da celebração.

Ele conta que todas as pessoas que trabalharam na captação das imagens atuaram de forma voluntária. "Para minha surpresa, muita gente topou por amor. Até mesmo pessoas que não tinham ligação com o Oficina, mas que entenderam a importância histórica do momento", diz.

Acometido por uma diverticulite dias antes da festa, Zé Celso entrou no Teatro Oficina, na noite de terça, sentado em uma cadeira de rodas que era empurrada pelo seu noivo.

Da plateia lotada de artistas, personalidades e intelectuais, ecoavam gritos de "merda", como é desejada a boa sorte no teatro, e "evoé".

"Viva o Zé Celso", clamou o deputado estadual Eduardo Suplicy (PT-SP), um dos padrinhos do casal. "E viva o Marcelo", completou uma mulher entre os espectadores.

A cantora Marina Lima deu início ao evento cantando "Fullgás", música em que o casal se conheceu. Por quase três horas, o casamento foi de fato um rito "artístico-ecumênico", como já tinha anunciado o seu grande idealizador, o ator e diretor Ricardo Bittencourt. "Foi ele que inventou tudo isso", diria Zé Celso, posteriormente, ao agradecer o amigo pela animada celebração.

Daniela Mercury, Bete Coelho, José Miguel Wisnik, Leona Cavalli, Alexandre Borges —e Maria Bethânia, em participação por mensagem de voz— foram alguns dos artistas que se apresentaram no evento, que teve também rituais indígenas e do candomblé.

Quase ao fim, em um discurso bem-humorado de pouco mais de 15 minutos, Zé Celso disse que a noite foi uma "das maiores festas" de sua vida e do teatro brasileiro. "Foi um dos grandes momento do Oficina", afirmou.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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