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Presidentes da Força Sindical e da CUT endossam pedido para Brasil conceder asilo a Assange

Grupo de ex-ministros e cientistas quer que Lula promova um esforço internacional por jornalista fundador do WikiLeaks

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O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, e o presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Sérgio Nobre, decidiram assinar uma carta que será enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pedindo que o Brasil conceda asilo político ao australiano Julian Assange, fundador do WikiLeaks.

O fundador do Wikileaks, Julian Assange, na varanda da embaixada do Equador em Londres, onde ficou refugiado
O fundador do Wikileaks, Julian Assange, na varanda da embaixada do Equador em Londres, onde ficou refugiado - Justin Tallis - 19.mai.17/AFP

Como mostrou a coluna, o documento foi elaborado por um grupo de cientistas, jornalistas, professores e ex-ministros. A carta conta com a assinatura de mais de 2.800 pessoas.

Assange foi responsável por um dos maiores vazamentos de papéis secretos das Forças Armadas dos EUA. Ele foi preso em 2019, após passar sete anos abrigado na embaixada do Equador em Londres.

"Diante dos fatos recentes envolvendo a extradição para os EUA —onde Assange poderá ser condenado a até 175 anos de prisão por revelar fatos verdadeiros a respeito daquele país— um conjunto de profissionais, lideranças da sociedade civil e entidades iniciaram um movimento via redes sociais visando construir uma saída humanitária para o caso, hoje acompanhado de perto por toda a comunidade internacional", diz trecho da carta.

No documento, o grupo propõe que Lula promova um esforço internacional "junto a outros países" para obter a aceitação do asilo político por parte do governo inglês —Assange está em uma penitenciária de segurança máxima na cidade de Belmarsh, na Inglaterra.

"Acreditamos que, independentemente do resultado, este esforço vigoroso em defesa de Assange contribuirá para marcar ainda mais a posição humanitária e progressista do governo brasileiro no mundo, como tem sido a nossa marca desde 1º de janeiro de 2023", afirma o documento.

Lula já criticou, em algumas ocasiões, a prisão de Assange. "É uma vergonha que um jornalista que denunciou as falcatruas de um Estado contra outro esteja preso, condenado a morrer em uma cadeia", afirmou o presidente, em maio, quando estava em Londres para acompanhar a cerimônia de coroação do rei Charles 3º.

"O cara [Assange] não denunciou nada vulgar. O cara denunciou que um Estado vigiava outros. E isso virou crime contra o jornalista?", indagou.

Em 2015, o WikiLeaks divulgou informações confidenciais da Agência Nacional de Segurança dos EUA que revelavam que o governo americano espionava a então presidente Dilma Rousseff (PT), além de assessores e ministros. Ao todo, 29 telefones de membros e ex-integrantes da gestão petista haviam sido grampeados.


MEMÓRIA

A diretora teatral e tradutora Marina Nogaeva Tenório prestigiou a sessão solene em homenagem ao pai, o ex-vereador e líder sindical Luiz Tenório de Lima, o Tenorinho, na Câmara Municipal de São Paulo. A cerimônia, que celebrou o centenário de nascimento dele, ocorreu na semana passada. A iniciativa do tributo foi do vereador Toninho Vespoli (PSOL). O advogado e professor da USP Pierpaolo Bottini compareceu ao evento.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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