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Carta por 'apoio incondicional' a Pochmann no IBGE já reúne cerca de cem intelectuais

Iniciativa é articulada pela BrCidades, rede integrada por acadêmicos

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Cerca de cem professores universitários, intelectuais, arquitetos e advogados já aderiram a uma carta que manifesta "apoio incondicional" à indicação do economista Marcio Pochmann para a presidência do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Segundo o documento, Pochmann tem uma "trajetória profissional notável" enquanto cientista político e professor da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), em São Paulo, e contribuiu significativamente para compreensão do Brasil enquanto país inserido na periferia do capitalismo.

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O economista Marcio Pochmann durante entrevista no estúdio da TV Folha, em São Paulo - Eduardo Anizelli - 23.jul.2018/Folhapress

Entre os signatários da carta estão o diretor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP (Universidade de São Paulo), João Sette Whitaker Ferreira, a professora de economia da Uerj (Universidade do estado do Rio de Janeiro) Juliane Furno e o ex-secretário de Cultura de São Paulo Nabil Bonduki.

"Acreditamos que o professor doutor Márcio Pochmann tem a capacidade de fortalecer o IBGE como uma instituição robusta e comprometida com a produção de dados confiáveis e relevantes para embasar políticas públicas que promovam a igualdade social, a melhoria das condições de vida e o desenvolvimento sustentável em todo o território brasileiro", afirma.

"Nossos votos de apoio ao economista Márcio Pochmann são pautados no reconhecimento de sua idoneidade e competência, alicerçadas em uma carreira profissional dedicada à construção de um Brasil mais justo, inclusivo e próspero para todas e todos", continua.

A iniciativa é articulada pela BrCidades, rede integrada por acadêmicos que se dedica à construção de cidades socialmente mais justas e sustentáveis.

O texto, que segue aberto para novas assinaturas, ainda pontua que o IBGE tem uma importância crucial para a realização de pesquisas científicas e para a construção de políticas públicas, e que, por isso, uma liderança comprometida com a ciência, o combate à desigualdade e o desenvolvimento equitativo do país se faz necessária.

A escolha do economista do PT para o IBGE, confirmada na semana passada, gerou críticas por parte daqueles que consideram que Pochmann teria um perfil intervencionista demais para comandar o órgão de pesquisas.

Os críticos contestam, por exemplo, sua passagem pela presidência do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), de 2007 a 2012. A gestão de Pochmann teve registros de polêmicas, com acusações de aparelhamento político à época.

O IBGE é visto como a principal fonte de dados oficiais sobre o Brasil e os brasileiros. Suas pesquisas revelam indicadores em diferentes áreas, como economia, demografia, saúde e educação.

As estatísticas podem servir como subsídios para a elaboração e o ajuste de políticas públicas. Por isso, a independência do IBGE em relação a governantes é considerada fundamental.

Leia, abaixo, a íntegra da carta articulada pelo BrCidades em apoio a Marcio Pochmann:

com BIANKA VIEIRA (interina), KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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