O padre Júlio Lancellotti foi chamado a participar do ato que será realizado em frente ao Masp, na avenida Paulista, em São Paulo, por ocasião do aniversário de um ano dos ataques golpistas de 8 de janeiro. O convite foi feito a ele por movimentos sociais como uma demonstração de solidariedade.
O pároco é alvo da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das ONGs, proposta pelo vereador Rubinho Nunes (União Brasil), que pode ser instalada em fevereiro na Câmara Municipal de São Paulo. Nesta sexta (5), o presidente da Casa, Milton Leite (União), afirmou que levará denúncias contra o padre ao Vaticano.
O ato que ocorrerá na capital paulista na próxima segunda-feira (8) será realizado pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que promoveram uma série de manifestações em defesa da democracia durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Lancellotti já teria confirmado a sua participação no evento, segundo organizadores.
Coordenador nacional da Central de Movimentos Populares, Raimundo Bonfim critica a ofensiva contra o padre e rechaça as insinuações feitas por parlamentares de que existiriam graves denúncias contra ele, cujo teor ainda não foi revelado.
"O Milton Leite e Rubinho Nunes são aliados na Câmara Municipal dos setores da especulação imobiliária. O trabalho que o padre Júlio Lancellotti faz em defesa da população em situação de rua incomoda esses segmentos imobiliários, que querem tirar o povo de rua do centro, com o objetivo de valorizar seus negócios", afirma o dirigente da central.
"A direita sempre fica falando que a esquerda persegue cristão, mas o que estamos vendo em São Paulo é que a extrema direita está perseguindo um cristão que só faz o bem para os mais necessitados", segue ele.
"Padre Júlio, em vários momentos, foi perseguido, mas depois as denúncias não deram em nada. Na verdade, sua atuação contraria muitos interesses de gente poderosa", finaliza.
ISSO, ISSO, ISSO
O presidente do Grupo Chespirito, Roberto Gómez Fernández, prestigiou no MIS Experience, em São Paulo, a abertura da exposição que celebra os 40 anos da estreia de "Chaves" no Brasil, humorístico que foi protagonizado por seu pai, o comediante mexicano Roberto Bolaños (1929-2014). O diretor do MIS, André Sturm, e a secretária de Cultura do estado de São Paulo, Marília Marton, recepcionaram os convidados do evento, que ocorreu na manhã de sexta (5). O diretor do Museu Catavento, Jacques Kann, também passou por lá.
com BIANKA VIEIRA (interina), KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH
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