Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

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Prefeitura de São Paulo realizou 185 atendimentos por dia a mulheres vítimas de violência em 2023

Levantamento da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania reúne dados de janeiro a outubro

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A Prefeitura de São Paulo afirma ter realizado 56.232 atendimentos a mulheres vítimas de violência entre janeiro e outubro deste ano. O número equivale a uma média de 185 assistências prestadas por dia na capital paulista.

Do total de atendimentos, mais da metade (23.387) foram feitos na Casa da Mulher Brasileira, localizada no bairro do Cambuci, na região central da capital. Em seguida aparece o Centro de Referência Casa da Mulher Maria de Lourdes Rodrigues, no Capão Redondo, na zona sul, com 4.755.

Cartazes exibidos durante ato em São João do Meriti, no Rio - Eduardo Anizelli - 13.jul.22/Folhapress

Já a unidade móvel, o chamado Ônibus Lilás, que percorre diferentes locais e eventos na cidade, realizou 3.905 acolhimentos. E os três postos avançados (localizados no terminal de ônibus Sacomã e nas estações Santa Cecília e Luz do Metrô), juntos, fizeram 218.

O levantamento é da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania. A chefe da pasta, Soninha Francine, diz à coluna que houve uma mudança na forma de contabilizar a quantidade de mulheres que buscam os serviços.

Aquelas que preferiam manter o anonimato, até então, não eram contabilizadas nos balanços. "A mulher poderia ser atendida sem dizer o próprio nome, mas isso não era registrado como atendimento", afirma ainda a secretária. "Se comparamos o total [de atendimentos] de 2023 e o do ano anterior, vamos comparar coisas muito diferentes."

Francine diz que mais mulheres buscaram os serviços da pasta e que houve menos casos em que a vítima realiza um primeiro atendimento, mas depois nunca mais retorna. "É um reflexo de melhora no trabalho, e não somente de que a situação geral da violência piorou", afirma ela.

Além disso, Francine diz que houve uma mudança no comportamento: mais mulheres buscam ajuda antes que a situação de violência tenha atingido estágios avançados.

Atualmente, a secretaria paga, mensalmente, um auxílio-aluguel de R$ 400 para 1.441 vítimas de violência doméstica. Francine avalia que a medida é importante para dar autonomia à mulher. "Ao invés de ir para um abrigo, por exemplo, ela tem mais liberdade de escolha. Pode ir morar com uma amiga, continuar a trabalhar."

No próximo ano, a pasta irá abrir dois novos pontos de atendimento, segundo a secretária. Um deles ficará ao lado do hospital da Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte, que no mês passado suspendeu a realização de interrupção de gestação nos casos previstos em lei. O outro ficará em São Miguel Paulista.

Além disso, há a previsão de abrir um centro, chamado "Control F", para atender familiares de pessoas desaparecidas.

CONTAGEM REGRESSIVA

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), celebrou a passagem de ano na festa de Réveillon da avenida Paulista, na capital, na noite de domingo (31). A dupla sertaneja Chitãozinho e Xororó se apresentou no evento, que foi organizado pela gestão municipal. A secretária municipal de Cultura, Aline Torres, e o seu secretário-adjunto, Thiago Lobo, estiveram lá.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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