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Prefeitura de SP diz estar 'indignada' com a Enel e volta a acionar o TCU para pedir rescisão de contrato

Cidade enfrenta uma série de apagões desde o final do ano passado

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A Prefeitura de São Paulo afirma que está "indignada com a falta de respeito da Enel" e diz que irá acionar, mais uma vez, o TCU (Tribunal de Contas da União) para pedir a rescisão do contrato com a concessionária responsável pela distribuição de energia elétrica na cidade.

Restaurante nordestino fechado por apagão na Santa Cecília; Marcelo, proprietário, tenta ligar para a Enel - Danilo Verpa/ Folhapress

A gestão de Ricardo Nunes (MDB) já havia solicitado à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), no começo deste ano, o cancelamento do contrato de concessão da energia elétrica. A cidade enfrenta uma série de apagões desde o final do ano passado.

Por ser uma empresa sob concessão federal, a Enel é submetida às regras da Aneel, que faz a regulação e a fiscalização das concessionárias de energia.

"A Prefeitura de São Paulo irá representar novamente contra a Enel junto ao governo federal, através da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do Tribunal de Contas da União (TCU). A administração municipal já havia ingressado recentemente com duas ações judiciais contra a empresa nesses dois órgãos", afirma a prefeitura, em nota.

E segue: "A Prefeitura está indignada com a falta de respeito da Enel com a população de São Paulo. Apesar de a empresa não ter qualquer vínculo contratual com a prefeitura, já que cabe ao governo federal a concessão, regulação e fiscalização da empresa, através da Aneel, a prefeitura, em nome da população, continuará de forma enfática cobrando dos órgãos responsáveis para que a empresa seja punida em defesa da população da nossa cidade".

A movimentação ocorre após um apagão de 48h afetar moradores da região central da capital paulista. O episódio causou prejuízo a comerciantes, afetou o abastecimento de água e deixou pacientes sem atendimento na Santa Casa.

No Brasil, as atividades de produção, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica são uma responsabilidade da União, ou seja, do governo federal. É assim ao menos desde a Constituição de 1934, com a regulamentação do Código de Águas naquele ano. Antes, essas competências eram municipais. Já o aproveitamento das quedas de água era dos estados.

A Constituição de 1988 ratificou essa competência federal, e, em 1996, foi criada a Aneel, autarquia ligada ao Ministério de Minas e Energia.

É da Aneel a competência para gerir os contratos de concessão de todos esses serviços.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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