Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

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Descrição de chapéu São Paulo

Imóveis e terrenos vazios no centro de SP poderiam abrigar mais de 202 mil famílias, diz estudo

Instituto Pólis afirma que moradias seriam suficientes para acolher 100% da população que hoje vive em situação de rua na capital paulista

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Um estudo inédito feito pelo Instituto Pólis aponta que se a cidade de São Paulo destinasse imóveis ociosos e terrenos vazios localizados no centro da capital para projetos de habitação popular, mais de 202 mil famílias de baixa renda poderiam ser abrigadas na região.

Os pesquisadores identificaram 87.427 mil domicílios inutilizados no centro paulistano, além de uma área equivalente a 2,51 milhões de metros quadrados de terrenos vazios que poderiam sediar a construção de 114,8 mil novas residências.

Imagem aérea da praça da República, no centro de São Paulo - Jardiel Carvalho - 16.set.2023/Folhapress

Somadas, as moradias seriam suficientes para acolher 100% da população que hoje vive em situação de rua na capital ou 91% dos moradores que residem em áreas de risco, segundo o Pólis.

O levantamento se baseou em números do Censo 2022 publicado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) e na base de dados do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) paulistano de 2024.

O estudo ainda sugere que a exploração do potencial habitacional do centro de São Paulo seria estratégica para mitigar problemas relacionados ao clima.

A redução de viagens até a região central feitas diariamente pela população periférica teria um impacto direto nas emissões de gases de efeito estufa —atualmente, 64% das emissões na cidade são originadas por transportes de carga e de passageiros que usam combustíveis fósseis.

O Pólis estima que a promoção de moradias populares no centro teria poupado a emissão de 4,4 milhões de toneladas de gás carbônico na atmosfera, se considerado o padrão de deslocamento dos habitantes da capital entre 2002 e 2022.

"Usar os imóveis vazios do centro para abrigar a população de baixa renda é uma medida de justiça climática. Ao mesmo tempo em que reduz a emissão de gases do efeito estufa, a medida protege famílias que estão em risco e cumpre com a função social da propriedade, princípio da Constituição Federal", afirma o urbanista Rodrigo Iacovini, diretor do Instituto Pólis e coordenador da pesquisa.

O deslocamento de populações vulnerabilizadas para o centro, onde há maior concentração de empregos, comércios e serviços e uma infraestrutura de transporte melhor, também resultaria em ganhos significativos de qualidade de vida.

De acordo com o instituto, uma pessoa periférica e de baixa renda poderia economizar o equivalente a 2h35 por dia em deslocamentos se morasse na região central. O tempo poderia ser aproveitado em outros tipos de atividade, como lazer, educação e convívio familiar.

Se considerado um período de 40 anos de vida economicamente ativa, essa pessoa economizaria três anos em deslocamentos residindo no centro da cidade.

Fundado em 1987, o Instituto Pólis é uma organização sem fins lucrativos que promove pesquisas e discussões sobre políticas públicas e questões sociais urbanas.

CONTAGEM REGRESSIVA

As atrizes Adriana Esteves e Eliane Giardini celebraram o lançamento da nova novela das nove da TV Globo, "Mania de Você", em festa realizada pela emissora no Jockey do Rio de Janeiro. Os atores Chay Suede, Mariana Ximenes, Agatha Moreira e Gabz, que também integram o elenco, estiveram lá. O folhetim fará sua estreia na noite desta segunda-feira (9).

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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