Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá
Descrição de chapéu Lula

Tiros e o grito 'Bolsonaro' voltam a ecoar pelo Ocidente

Jornais publicam que 'ataque' vem após radicalização e salto nos 'assassinatos políticos'

Supporters of former Brazilian President Luiz Inacio Lula da Silva protest in front of the Federal Police headquarters, where Lula is imprisoned, in Curitiba, Brazil April 17, 2018. The banner reads;"Lula free."  REUTERS/Rodolfo Buhrer ORG XMIT: CWB01
Reuters

No título do francês Le Monde, de centro-esquerda, “No Brasil, dois feridos por tiros contra apoiadores de Lula”. No momento do "ataque", o homem gritou “Bolsonaro”, enfatizou a correspondente Claire Gatinois. No conservador Le Figaro, com despacho da agência France Presse que ecoou noutros países, “Apoiadores de Lula feridos”.

Com a foto acima no inglês The Guardian, lembrando tiros anteriores contra a caravana de Lula e os que mataram a vereadora Marielle Franco, o correspondente Sam Cowie escreveu: “Conforme o país mergulhou na crise, houve um salto no número de assassinatos de ativistas e líderes políticos, rurais e ambientalistas”.

Na revista alemã Focus, “Vítimas feridas entre os apoiadores do ex-presidente Lula”. Nos sites do país, ecoou um despacho da agência alemã DPA que abria dizendo que “a prisão do popular ex-líder têm agitado os brasileiros há semanas. Agora, aconteceu um incidente armado”.

Nos EUA, os veículos se basearam na agência Associated Press, sob o enunciado “Atirador fere dois apoiadores de ex-presidente do Brasil”.

BYE, BYE, BRASIL

Na home do Wall Street Journal, “Walmart busca redução no Brasil”. Segundo “fontes familiarizadas”, deve vender o controle em maio, porque, “embora tenha 465 lojas, enfrenta dificuldades para elevar vendas no país”. Vai priorizar parcerias e emergentes como Índia e China.

E o “Deutsche Bank está vendendo unidade de investimentos no Brasil”, diz a Bloomberg. Vai “estreitar o foco”.

MOEDAS VULNERÁVEIS

Em noticiário e análise sobre a desvalorização cambial nos emergentes de tamanho médio, o Financial Times sublinha que a Argentina está em situação pior que o Brasil e outros. Ela “se tornou cada vez mais vulnerável após uma mudança frustrada na meta de inflação e um corte nos juros em janeiro”.

O Goldman Sachs avisa que, de maneira geral, “o cenário externo está muito menos amigável”.

CHINA E OS ANÕES

Em destaque no New York Times, com agência Reuters, “Investidores globais se amontoam na China às vésperas da entrada no MSCI”, índice americano de referência, para investimento em ações no mundo. O processo de inclusão da China começa em 1º de junho e deve “tornar anões muitos mercados emergentes, como Brasil, Rússia e Índia”.

CHINA & ÍNDIA

Paralelamente à reunião das Coreias, os principais jornais de China e Índia registraram outra aproximação nas manchetes. No Huanqiu ou Global Times, ligado ao PC chinês, com foto de Xi Jinping e do indiano Narendra Modi sorridentes, “Xi: reunião com Modi abre novo capítulo”.

No enunciado do indiano Jagran, “Índia e Paquistão farão manobras militares conjuntas pela primeira vez desde a independência”. Além do Paquistão, aliado chinês, a própria China vai participar. E será na Rússia.

 

Na primeira página do Washington Post, os mutilados de Gaza.Credito Reproducao

‘ATIRANDO PARA MUTILAR’

No Washington Post, em reportagem enviada de Gaza, dos 3.500 palestinos atingidos por tiros israelenses desde o início dos protestos, "2.200 sofreram ferimentos nas pernas", com amputações. No total, 43 já morreram.

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