Dois dias antes do anúncio da candidatura do pai, um dos filhos de Bolsonaro tuitou de Nova York uma foto com Steve Bannon, ex-estrategista de Trump hoje voltado a unir a extrema direita pelo mundo. Disse que ele “afirmou ser entusiasta da campanha de Bolsonaro”, acrescentando: “Certamente estamos em contato para somar forças”.

Com ou sem Bannon, até onde foi possível levantar, o único veículo em que Bolsonaro ganhou maior destaque no exterior, no fim de semana eleitoral, foi na home da direitista Fox News: “Candidato de direita do Brasil escolhe general como companheiro de chapa”. De resto, a cobertura se voltou para Lula até no agregador direitista Drudge Report.

No enunciado na home do New York Times, chamando para reportagem de Shasta Darlington, com quatro fotos e entrevistas com Fernando Haddad e Gleisi Hoffmann: “Enquanto Lula permanece na cadeia, partido o indica para presidente”.

O texto descreve as máscaras e os gritos de “I am Lula!” na convenção do PT. Também o show “Free Lula” no Rio, “onde alguns dos músicos mais populares do país cantaram baladas desafiadoras escritas durante a ditadura militar”, e o recente apoio de “líderes esquerdistas” como o americano Bernie Sanders.

Por jornais como o francês Le Monde e o inglês The Guardian, a cobertura das convenções partidárias no Brasil também foi por aí, com títulos como “Ainda na Prisão, Lula é indicado para a eleição presidencial no Brasil”.

Dois dias antes do anúncio da candidatura, o ex-presidente surgiu ainda em entrevista ao italiano La Repubblica, com enunciado entre aspas: “Eu me candidato mesmo da prisão e você vai ver que o Brasil vai renascer comigo”. 

MOMENTO PRECÁRIO

Nas manchetes de NYT, CNN e outros, “Trump admite que foco da reunião de 2016”, de seu filho com uma advogada russa, “foi obter sujeira contra Clinton”. Além da revelação, na conta de Twitter de Trump, o que se viu foi uma “escalada de ataques à imprensa”, no dizer do site Politico.

O Washington Post fala em “momento precário de sua presidência”, no qual ele se mantém “meditando em privado”, na Casa Branca, “e rugindo publicamente”.

SOB ATAQUE

O site de tecnologia TNW, com a ilustração acima, noticia que "200 mil roteadores no Brasil foram sequestrados para minerar criptomoeda", num ataque que estaria "apenas em seus primeiros estágios".