Com chamada no Drudge Report, a Bloomberg relatou na terça a “histeria” na Venezuela, onde “os rumores rodopiam noite e dia”. São “áudios de WhatsApp com homens se apresentando como ‘Comissário X’ e descrevendo planos super-secretos’.
Por exemplo, “soldados de Colômbia e Brasil estão prontos para romper a fronteira”.
O tom da Bloomberg foi jocoso, mas o espanhol ABC havia aberto o dia de forma mais séria, “EUA vão enviar militares para Brasil e Colômbia para garantir que ajuda chegue à Venezuela”. E “a intenção é colocar à prova o apoio de Maduro no exército”.
O Financial Times não chegou a tanto, mas destacou no final do dia que “Comboios de ajuda à Venezuela correm risco de virar estopim”.
E o Miami Herald, também linkado no Drudge, ouviu de especialistas que “Saída [de Maduro] sem violência parece improvável”. E, se ele estiver no poder daqui a três meses, um dos cenários é “guerra civil, muitos mortos e 3 a 5 milhões de refugiados”.
Também no final do dia, o ex-presidente do Uruguai José Mujica deu entrevista à BBC, para dizer: “Se os EUA não tiverem outra opção senão intervir, eles vão intervir. A questão central é evitar a guerra”. Para tanto, defendeu eleições gerais na Venezuela.
EMPRESAS COM PODER
No alto da home (acima) e do aplicativo do Wall Street Journal, “’É mais fácil contar os vivos’: Desastre abala a fé do Brasil na mineração”.
A longa reportagem, que envolveu cinco jornalistas no Brasil, três deles enviados a Brumadinho, destaca que, “conforme mais corpos são retirados, preocupações se espalham num país onde os vastos recursos naturais criaram empresas com mais poder que governos”.
DESPEDAÇADO
Já o Financial Times perfilou o presidente da Vale, Fabio Schvartsman, um “executivo de cabeça fria, discreto e reservado”, e destacou declarações como: “Eu estou completamente despedaçado pelo que aconteceu”. Cita de um analista da Bernstein Research que ele “transformou a empresa” e que “ninguém quer voltar atrás”.
POR ASSASSINATO
Jornais como El País, no original em espanhol, e o colombiano El Tiempo noticiaram os planos de Sergio Moro com títulos como “planeja eximir policiais que matam por ‘medo ou surpresa’” ou “eximir policiais por assassinato”.
MORO VS. LULA
O FT entrevistou o ministro e não tocou na questão. Sob o título “Moro leva sua cruzada para os corredores do poder no Brasil”, destacou já no segundo enunciado que a “decisão de se juntar ao governo Bolsonaro levou a acusações de conflito de interesse”.
Em especial, diz o FT, “a prisão de Lula evitou que o popular ex-líder concorresse, ajudando Bolsonaro a assegurar vitória”. Reação de Moro: “Eu não posso ficar como refém da fantasia de alguém que cometeu um crime”.
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