Fechando o dia, as manchetes financeiras, a começar do Wall Street Journal, se voltaram à queda nas ações. “Investidores se preparam diante da maior probabilidade” de Donald Trump intensificar a guerra comercial contra a China, em "escalada".
Mas o Financial Times arriscou, em análise, que “a mais recente ameaça de Trump é só barulho”, que ele soma dois anos e meio de “ameaças extravagantes” não concretizadas, como no caso da Coreia do Norte.
O South China Morning Post também noticiou que as “ameaças chocam mercado de ações dos EUA”. Porém, logo abaixo, “Pequim se nega a ceder à mais recente ameaça”, por avaliar que “o efeito do aumento das tarifas seria previsível e administrável”.
Também o estatal Diário do Povo, pela conta na rede social WeChat que usa para adiantar ao público chinês as posições do governo, recomendou a Trump “nem pensar" em concessões:
“Quando as coisas estão desfavoráveis para nós, não importa como você cobrar, nós não daremos um passo atrás.”
O vice-primeiro-ministro Liu He chega nesta quinta (9) a Washington para mais conversas, mas com ordem do presidente Xi Jinping de não fazer “concessão extra”, segundo o SCMP.
ÚLTIMA CHANCE PARA BOLTON?
No noticiário do site Axios ao New York Times, um relatório de espionagem israelense levou o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, a Bagdá para manter o governo iraquiano afastado do Irã, avisando: "Nós estamos preparados para garantir que o Iraque seja uma nação independente" do vizinho.
Ao fundo, com chamada no Drudge Report, o Washington Post ironizou em análise o assessor de Segurança Nacional, John Bolton, que agora vem ameaçando atacar, não mais Venezuela ou Coreia do Norte, mas o Irã: “Será que estamos assistindo à última batalha de Bolton?”, chamando-o de “relíquia da Guerra Fria”.
O CANÁRIO NA MINA
WP e NYT, com Associated Press, noticiaram que “Estudantes protestam contra corte no orçamento das escolas no Brasil”, sobre a manifestação contra Jair Bolsonaro no Rio.
E veículos ligados à educação superior, como Harvard Crimson e Inside Higher Ed, destacaram o apoio de 800 instituições mundiais à carta aberta originada em Harvard, em defesa das ciências humanas, e o alerta de que a “hostilidade à academia” no Brasil é só “o canário na mina”, com os EUA como próxima vítima da extrema direita.
SAMBA É RESISTÊNCIA
Do crítico musical Jon Pareles no NYT, em longo obituário da cantora Beth Carvalho, lembrando que seu pai foi preso pela ditadura militar:
“O samba é resistência, afirmou ela em 2016.”
CONFEDERADOS
No site The Conversation, voltado a estudos acadêmicos, "O longo e estranho caso de amor do Brasil com a Confederação inflama tensão racial".
Detalha o legado dos milhares de soldados do Sul escravagista americano no interior de São Paulo, para onde se mudaram após a derrota na Guerra Civil, compraram pelo menos 536 escravos e "introduziram" o protestantismo evangélico.
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