Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá

Trump tenta projetar poderio militar, mas cobertura resiste

'Para a imagem dos EUA no exterior, pode sair pela culatra', analisa Washington Post

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A parada militar em Washington, determinada por Donald Trump, não resultou na projeção de poder almejada, nem mesmo na cobertura americana.

Quase nada de tanques ou mísseis, inclusive nas imagens da Fox News, o canal de notícias pró-Trump —que até ressaltou uma “dose de controvérsia”, com a acusação democrata de ser “um comício político envolto num evento de Dia da Independência”.

New York Times e Washington Post preferiram abrir fotos dos anjos azuis, “Blue Angels”, a circense esquadrilha da fumaça americana. O Wall Street Journal nem usou imagens em sua capa digital.

Na manchete do WP, “4 de Julho de Trump emociona apoiadores e irrita opositores”. O jornal da capital americana chamou, logo abaixo, uma análise sobre o impacto no mundo, intitulada “Espetáculo de Trump foi inspirado na França. Fora dos EUA, parece mais com a China”.

Mencionou a repercussão sarcástica em veículos como a alemã Der Spiegel e o espanhol La Vanguardia.

E sublinhou que, “para a imagem dos EUA no exterior, pode sair pela culatra”. Ouviu a autora de um estudo europeu que mostrou que a parada militar de 2015 em Pequim teria acabado, pelo contrário, “enfraquecendo a influência cultural e o prestígio global”.

DEPENDE DA HUAWEI

Na manchete do South China Morning Post, que já havia adiantado a trégua comercial entre Washington e Pequim, outra “exclusiva”, sobre a chegada de uma delegação americana à China na próxima semana —e como tudo dependerá do que a Casa Branca oferecer de retomada dos negócios com a Huawei.

Só então a China retoma as compras de produtos agrícolas americanos, que Trump já prometeu que serão “tremendas”.

SOJA RUSSA

No WSJ, com foto no alto da home, “Fazendeiros [americanos] ergueram um império de exportação de soja em torno da China. Agora estão lutando para salvá-lo”.

Dois deles disseram que Pequim “busca alternativas para importação de soja, para nunca mais ficar tão dependente” de poucas fontes, como EUA ou Brasil: “Empresas chinesas estão trabalhando para desenvolver a produção de soja na Rússia”.

EM CAMPANHA

No Clarín, acima, chamada com foto e vídeo para a visita do presidenciável argentino Alberto Fernández (à esq., com o ex-chanceler Celso Amorim) a Lula, com declarações sobre a inocência do brasileiro e a "mácula para o estado de direito".

Mais o pedido para que "Bolsonaro siga falando mal de mim, ele não sabe o favor que me faz".

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