O BuzzFeed News divulgou uma carta a ser entregue nesta sexta (4) ao Facebook, assinada pelos secretários de justiça de EUA, Reino Unido e Austrália, cobrando que os serviços de mensagem da empresa não sejam criptografados.
Na chamada do New York Times, que ecoou mais, citando o secretário de Trump, “Barr pressiona Facebook por acesso às mensagens do Whats App”. O Wall Street Journal levou à submanchete, destacando que a pressão “prepara cenário para conflito” legal.
A reação da cobertura de tecnologia foi de espanto. “Isso é insanamente perigoso”, alarmou-se o editor de segurança do TechCrunch. “Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh” foi o título escolhido pelo site Motherboard, da Vice.
Edward Snowden, que hoje preside a Freedom of the Press Foundation, de São Francisco, denunciou o que seria “a maior violação de privacidade na história”, abrangendo não só o bilhão e meio de usuários do WhatsApp, mas também os de Messenger e Instagram.
WSJ NA FRENTE
Na corrida por furos sobre o impeachment, o WSJ saltou à frente de NYT, Washington Post e outros.
O jornal de Rupert Murdoch, que mudou de editor há pouco mais de um ano e reforçou a cobertura independente, manchetou ao longo da quinta que o presidente americano “removeu a embaixadora na Ucrânia” após críticas de seu advogado, Rudolph Giuliani. Ela “estava obstruindo esforços para persuadir o país a investigar Joe Biden”, adversário de Trump.
Antes, foi o WSJ que noticiou a pressão de Trump sobre o presidente ucraniano —e também que o secretário Mike Pompeo acompanhou o telefonema.
ESTUDANTES TAMBÉM
Mas o furo mais inusitado até o momento foi do jornal estudantil da Universidade do Estado da Arizona, que informou no final de semana a demissão do enviado de Trump à Ucrânia —que é diretor de um instituto na universidade.
Como registrou o WP, que também foi batido, “Associated Press, NYT e CNN entraram com suas reportagens próprias uma hora depois”.
ARGENTINA VS. BRASIL
Jornais de Buenos Aires, em meio ao sombrio noticiário econômico local, acham consolação no vizinho.
“Superávit na balança com o Brasil”, noticiou o La Nación, apontando US$ 374 milhões em favor da Argentina nos primeiros nove meses de 2019, contra US$ 4,25 bilhões em favor do Brasil no mesmo período de 2018.
“Cai a produção e o Brasil está a um passo de sair do ‘top ten’ industrial”, noticiou o financeiro El Cronista, destacando que “a paralisia das exportações para a Argentina no setor automotivo foi o principal fator”.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.