Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá

Putin avança sobre Oriente Médio com 'tapete vermelho'

Em editorial, NYT acusa Trump por 'desastre estratégico'

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O Khaleej, jornal de Dubai, destacou na terça que “os Emirados Árabes Unidos estenderam o tapete vermelho para o presidente russo Vladimir Putin em sua visita histórica”.

“O Aurus Senat, o carro presidencial da Rússia, foi escoltado por uma cavalaria montada em cavalos árabes”, descreveu. “A equipe de exibição da força aérea, Al Fursan, sobrevoou o palácio pintando o céu em cores nacionais russas.” Em vídeo, aqui.

A manchete era que “Sua Alteza” o xeque Mohamed bin Zayed e Putin discutiram como “ampliar a cooperação estratégica, bem como os últimos acontecimentos regionais”. Um dia antes, na Arábia Saudita, a recepção foi semelhante, inclusive nos cavalos.

Nos EUA, enquanto isso, o New York Times manchetou na terça que “Soldados russos entram conforme soldados dos EUA saem da Síria”. Em editorial levado ao alto da home, “Donald Trump acaba de criar um desastre estratégico”.

Fechando o dia em Moscou, o jornal RBC chamou para o telefonema trocado por Putin e pelo colega Recep Erdogan, para tratar da Síria. “Os líderes concordaram na necessidade de evitar confrontos entre as unidades turcas e sírias.”

Ao vivo, ‘escoltado por cavalos árabes’, Vladimir Putin é recebido nos Emirados por caças que ‘pintam o céu nas cores russas’ - Reprodução

CÚPULA MURCHA

Referência em Brics, o pesquisador Oliver Stuenkel informa que a “insistência” do Brasil em incluir o líder da oposição venezuelana em reunião paralela à cúpula do grupo, em novembro, acabou reduzindo a programação. Rússia e demais Brics não aceitaram —e o tradicional encontro com outros líderes regionais caiu.

Putin e Xi Jinping, em vez disso, devem se reunir com diversos outros presidentes latino-americanos dois dias depois, no Chile.

Lula fala à TV estatal russa, que destacou elogios a Putin e críticas ao vínculo dos atuais líderes latino-americanos aos EUA - Reprodução

NO AR

Prosseguem as entrevistas de televisão com o ex-presidente Lula, no exterior.

Na última semana e meia, ele surgiu na portuguesa RTP, criticando Bolsonaro por “destruir a democracia brasileira”; na France 24, cobrando ser inocentado; e na russa RT, questionando Bolsonaro pela dependência de Trump e se dizendo “orgulhoso do papel de Putin” no mundo, hoje.

'MADE IN LULA'

Paralelamente, surgiu na manchete do argentino Perfil, pelo “Plano alimentar made in Lula” lançado lá pelo presidenciável Alberto Fernández.

E foi parar no site da principal central sindical americana, AFL-CIO, que destacou a visita de seu presidente, Richard ​Trumka. Em meio à greve na GM americana, ele foi a Curitiba se juntar “ao movimento trabalhista global que exige a libertação de Lula”.

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