Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá

Real está em 'liquidação', avisa WSJ, e dólar não fica muito atrás

A moeda americana 'está tendo um ano ruim, mas as de alguns emergentes estão pior'

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Na home page do Wall Street Journal, "Liquidação de moedas emergentes não dá sinal de trégua". Logo abaixo, abre com "o real brasileiro", depois as moedas sul-africana e turca.

O real é destacado devido à desvalorização de 27% frente ao dólar, o que o jornal credita em parte aos gastos do governo Bolsonaro durante a pandemia, "pressão extra num déficit orçamentário já escancarado".

Parágrafo inicial do texto: "O dólar está tendo um ano ruim, mas as moedas de alguns emergentes estão pior".

O site Axios, Drudge Report, Bloomberg e WSJ ressaltam que, mesmo com novo recorde em Wall Street, "especialistas voltam a soar o alarme de que o dólar pode perder seu papel de moeda de reserva do mundo".

O gatilho do noticiário foi que mais de metade das importações chinesas da Rússia agora são em euro (gráfico acima).

A ameaça ao primado do dólar é creditada aos "trilhões" em gastos do governo Trump na pandemia, disparando uma dívida pública que assusta grandes investidores e bancos.

Também é creditada à aproximação sino-russa, em todas as frentes. Para Drudge, "Guerra contra o dólar está esquentando...".

CORRIDA DO OURO

Colunista financeiro do South China Morning Post, Neil Newman relata a expectativa crescente de "crash" do dólar e avalia que não será em relação ao euro ou qualquer moeda.

No título irônico, sugere aos investidores: "É hora de se livrar do dólar e comprar mantimentos com ouro". Seu argumento é que "os avanços em tecnologia financeira já tornam possível poupar e gastar ouro físico" através do cartão.

ARGENTINA & CHINA

Jornais argentinos como Perfil, Ámbito Financiero e La Nación, além da agência Télam, vêm ressaltando um projeto que está sendo finalizado com a China, que investiria US$ 3 bilhões para desenvolver a produção de carne suína no país, para exportação.

"Este é o momento e podemos fazê-lo porque temos produtores eficientes, recursos técnicos e um status sanitário que dão inveja a muitos países do mundo", afirmou o Ámbito. O oposicionista La Nación também deu opinião favorável.

CARA A CARA

Já o argentino El Cronista destaca que o "Governo busca virar a página com o Brasil e retomar as exportações" para o vizinho. Nesta semana, o embaixador Daniel Scioli "se verá cara a cara com Bolsonaro, no que se espera ser uma ocasião para relaxar as tensões", publica o jornal financeiro.

O comércio bilateral teria fechado o primeiro semestre com uma queda anualizada de 30%.

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