Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá

Vacina é para 'braços americanos', respondem EUA; China avança

Com imunizantes chineses e russo, América Latina vive 'reviravolta' na vacinação, 'muito mais rápida', inclusive no Brasil

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No G7, Emmanuel Macron pressionou o grupo de países ricos, EUA inclusive, a enviar vacinas para África e outras regiões, citando a concorrência de China e Rússia.

Joe Biden nem comentou, mas o Financial Times, que havia entrevistado Macron, foi atrás e destacou que o “Governo Biden diz que prioridade é ‘vacinar americanos’, rejeitando proposta francesa”. Uma autoridade dos EUA declarou que o foco é injetar em “braços americanos”.

Wall Street Journal e New York Times não noticiaram, mas produziram textos críticos como “China disponibiliza vacinas para ampliar influência, com EUA à margem” e “Rússia oferece milhões de doses, mas tem produção limitada”. Ou ainda, “Como a China está usando promessa de vacina como cenoura diplomática”.

De Lima, no Peru, o Washington Post reportou como o país e outros, “com vacinas ocidentais trancadas pelos países ricos”, se voltaram para a China “e, em menor extensão, a Rússia”.

REVIRAVOLTA NA AMÉRICA LATINA

De Salvador, na Bahia, o financeiro alemão Handelsblatt noticiou a “reviravolta na América Latina”, com Chile, Brasil e México “vacinando muito mais rápido agora” e já encabeçando listas mundiais. Destaca o governador João Doria, que “negociou diretamente com o governo chinês e com a Sinovac”.

ATÉ A COLÔMBIA

De Bogotá, o canal de notícias chinês CGTN mostrou a chegada das vacinas da Sinovac, no sábado (20).

E a CNN produziu extensa análise sobre o avanço da vacina russa em seis países latino-americanos, ressaltando que “o aliado mais próximo dos EUA, a Colômbia, está prestes a autorizar a Sputnik V”.

ÍNDIA TAMBÉM TRANCA

A Índia, que vinha oferecendo aos países em desenvolvimento a vacina britânica da AstraZeneca/Oxford, voltou atrás no fim de semana, como noticiaram Times of India e outros.

Segundo o próprio dono da farmacêutica Serum, que produz o imunizante no país, ela foi “orientada a priorizar as enormes necessidades da Índia”.

ATÉ A SUÍÇA

Depois da África do Sul, que quer devolver o suprimento de AstraZeneca que recebeu da Serum, agora é a Suíça que, segundo o suíço Neue Zürcher Zeitung e outros europeus, está considerando desistir do imunizante. A exemplo dos EUA, o país ainda não aprovou o uso da vacina britânica.

VACINAS VS. VARIANTES

WP e outros noticiaram que as vacinas americanas de Pfizer e Moderna “têm eficácia reduzida contra variante sul-africana”. Já o South China Morning Post, ouvindo o Instituto Butantan, que fez os estudos, destacou que a “Sinovac reivindica bons resultados contra variantes”.

SIGA O DINHEIRO

Na Bloomberg, três dos principais executivos do HSBC vão se mudar de Londres para Hong Kong (acima) e "95% da receita líquida do banco será gerida" na cidade chinesa. Virou manchete no londrino Financial Times.

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