A cobertura da crise na fronteira com o México, negativa para Joe Biden, começa a superar a cobertura da vacinação, positiva, noticia o site Axios.
Nas últimas semanas, as menções a imigrantes superaram as menções a vacinas, nos cem maiores sites jornalísticos dos EUA, monitorados pela plataforma Signal AI. E as publicações sobre a fronteira geraram em média 651 interações em mídia social, contra 182 daquelas sobre vacinas, segundo a empresa de rastreamento NewsWhip.
À frente da cobertura está a Fox News, que desde o início de março gastou cinco vezes mais tempo com a fronteira do que CNN e MSNBC, segundo a Cable TV News Analyzer, da Universidade de Stanford.
E isso antes de virem à tona as fotos de imigrantes menores de idade amontoados em tendas de plástico no Texas, como mostrado pelo mesmo Axios (acima), depois também por Washington Post e CNN.
Já ecoa no exterior, na chamada do jornal alemão Süddeutsche Zeitung, "A primeira grande crise de Joe Biden".
CAMPANHA
Para que o México segure os imigrantes, Biden agora oferece até "emprestar" ao país as vacinas da AstraZeneca.
Mas o esforço começou em janeiro, com a transmissão até aqui de "17.118 comerciais de rádio no Brasil, El Salvador, Guatemala e Honduras, em espanhol, português e seis línguas indígenas", informa o WP.
E mais, "o Departamento de Estado vem trabalhando com Facebook e Instagram para atingir milhões de indivíduos vistos como imigrantes potenciais" na região.
AMEAÇA
O financeiro alemão Handelsblatt destaca que "a visita do secretário de Estado, Antony Blinken, está repleta de ameaças". Uma delas seriam as sanções contra empresas alemãs vinculadas ao gasoduto Nord Stream 2 —que está 95% pronto para levar gás russo.
A visita foi precedida por textos de organizações de Washington como Brookings, concentrando fogo na chanceler Angela Merkel.
PANDEMIA BRITÂNICA OU CONTINENTAL
"Nós temos fundamentalmente uma nova pandemia, a mutação da Grã-Fretanha tomou conta", afirmou Merkel, destacada por europeus como o italiano Il Sole 24 Ore.
"No continente há uma terceira onda, e a experiência nos ensina que, quando uma onda atinge nossos amigos, ela também vem bater às nossas costas", disse o primeiro-ministro, Boris Johnson, destacado por britânicos como Times.
O MAIOR TROFÉU
A nova decisão no Supremo ecoou rapidamente por Bloomberg (acima), Wall Street Journal, Washington Post, com AP, os franceses Le Figaro e Le Monde, com AFP, o espanhol El País e o argentino La Nación, entre outros, com enunciados dizendo que o ex-juiz Sergio Moro foi "parcial" contra Lula, "o maior troféu".
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