O New York Times entrou na cobertura da crise política brasileira com a reportagem "Chefes das Forças Armadas do Brasil renunciam abruptamente em meio a mudança de gabinete" (imagem abaixo).
"A saída dos líderes militares", escreve o correspondente Ernesto Londoño, "alimentou especulações galopantes na capital, sobre um colapso na relação entre o presidente e os militares". Descreve a resposta do governo brasileiro à pandemia, pano de fundo das mudanças, como "improvisada e caótica".
Wall Street Journal e Financial Times, que já haviam noticiado a reforma ministerial como resultado da disparada da Covid, produziram e destacaram em suas páginas iniciais novas reportagens, sobre a saída dos comandantes.
"Chefes militares do Brasil deixam cargos conforme presidente tenta aumentar seu apoio", destaca o WSJ (imagem abaixo, da home), acrescentando:
"As tensões entre os militares e Bolsonaro, um ex-capitão do Exército que serviu na ditadura brasileira de 1964-85, aumentaram nos últimos meses, conforme o presidente apelava cada vez mais às Forças Armadas para apoiá-lo politicamente."
Abrindo o texto do FT, "O presidente de extrema direita do Brasil, Jair Bolsonaro, tentou afirmar sua autoridade reorganizando o gabinete e trocando os chefes militares, mas as mudanças apenas reforçaram seu apoio declinante".
Na home do alemão Süddeutsche Zeitung, "Militares contra Bolsonaro". E na home do South China Morning Post, "Chefes militares do Brasil saem em nova turbulência por Jair Bolsonaro".
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