No rastro do Washington Post, dois jornais londrinos publicam editoriais em reação às ameaças à democracia brasileira. Sob o título "O presente dos generais para o Brasil", o Financial Times acredita que os "comandantes deram um impulso à democracia ao permanecerem leais à Constituição".
Mas reconhece que "Bolsonaro demonstrou repetidamente pouca consideração pela democracia" e que, "à medida que sua popularidade e suas perspectivas de reeleição diminuem, aumenta o risco de apostar num desafio aberto à democracia".
Já o Guardian produziu o editorial "Jair Bolsonaro: Um perigo para o Brasil e para o mundo", dizendo que o "presidente de extrema direita deu rédea solta à Covid-19 e à destruição da Amazônia" e "agora parece que planeja se agarrar [ao poder] não importa o que eleitores queiram".
O espanhol El País deu sua opinião no final de semana, sob o título "O Brasil se radicaliza" (acima), alertando que "Bolsonaro quer que as Forças Armadas respaldem suas políticas extremistas". Também em português.
E o colombiano El Espectador publicou "Bolsonaro agita os quartéis no Brasil", também questionando a tentativa de interferência:
"A tendência autoritária, especialmente aquela que busca reverter o caráter institucionalista das Forças Armadas, põe em risco a estabilidade democrática da potência continental."
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