Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá
Descrição de chapéu Ásia

Comércio EUA-China 'aprende a viver com tarifas' e bate recorde

Protecionismo não altera cadeia de abastecimento, diz Bloomberg; China será 'força dominante, não importa o que América faça', diz Economist

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Na Bloomberg, reproduzida abaixo, “Comércio entre EUA e China explode como se o vírus e as tarifas nunca tivessem acontecido”.

Segundo o serviço, “o comércio bilateral mensal se recuperou para novos recordes” —com a China “comprando milhões de toneladas de produtos agrícolas americanos” e “os consumidores dos EUA importando mercadorias em quantidades recordes”.

Em suma, “ambos os lados aprenderam a viver com as tarifas”, que não conseguem “forçar o desacoplamento das cadeias de abastecimento” como Donald Trump queria.

A Economist já havia falado, no editorial de capa, contra o protecionismo e a “retórica estridente” de Joe Biden contra a China, ele que “está convertendo a linguagem bombástica de Trump em doutrina”.

Avisou a revista: “A China vai se tornar uma força econômica dominante, não importa o que a América faça”.

E antes ainda a Economist Intelligence Unit, consultoria ligada à revista, publicou o relatório “América não verá remanejamento significativo da cadeia de abastecimento em 2021-25”, projetando participação crescente da Ásia.

Avalia que “empresas e investidores continuarão desencorajados pela falta de competitividade, em comparação com economias asiáticas”.

AS COISAS PODEM DESMORONAR

O Financial Times, em texto de seu editor e colunista de EUA, Edward Luce, avisa que "as coisas podem desmoronar para Biden" (reprodução acima) com a "teimosia" da Covid, a falta de apoio no Senado e a aguardada "queda de Cabul", capital afegã, que "vai danificar o prestígio da América".

WUHAN VS. MILÃO

No New York Times, a China recusou o “apelo da Organização Mundial de Saúde” para voltar ao laboratório de Wuhan e testar a teoria retomada por Biden, para a origem do coronavírus.

Por outro lado, nos dois dias anteriores um dos textos mais lidos do Financial Times foi "Amostras italianas de sangue reanimam debate sobre primeiros sinais de Covid na Europa". Estudo indica que o vírus estaria circulando em Milão em outubro de 2019, "antes de ser confirmado o primeiro caso em Wuhan".

Wall Street Journal também deu.

‘WELCOME TO BRASIL?’

Com o título “Bem vindo ao Brasil? Venezuelanos são explorados por programa de ajuda”, a agência Reuters despachou extensa investigação apontando como a Operação Acolhida, “Operation Welcome”, resultou em funcionários “forçados a trabalhar ilegalmente por longas horas, com dias de 18 horas, sem descanso”, parte deles “em condições análogas à escravidão”.

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