Na contramão na cobertura americana, a manchete da edição de domingo do Washington Post foi para o avanço da variante Delta, que "vira de ponta-cabeça", "tira o foco" e "cria risco político" para o presidente democrata Joe Biden.
Na home, o jornal foi ainda mais crítico, destacando que a "Casa Branca tem procurado jogar a culpa [pelo ressurgimento da Covid-19] nas pessoas não vacinadas e na desinformação nas redes sociais".
Segundo o WP, "em uma projeção particularmente terrível, o surto ressurgente atingiria o pico em outubro, com cerca de 240 mil novos casos por dia e quatro mil mortes".
Com isso, "é ameaça séria o suficiente para que altos funcionários da Casa Branca estejam debatendo se devem pedir aos americanos vacinados que usem máscaras, segundo pessoas familiarizadas".
Anthony Fauci, assessor da Casa Branca, em entrevista ao programa dominical State of the Union, da CNN (acima), confirmou que a volta das máscaras está sendo "ativamente considerada" pelo governo Biden.
RETORNO ADIADO
O Financial Times acrescentou que a "Delta ameaça o grande retorno do Dia do Trabalho nos EUA". As maiores empresas americanas vinham anunciando para o dia 7 de setembro a volta dos funcionários aos escritórios, mas a variante começou a mudar os planos, com a Apple adiando por "pelo menos um mês".
PFIZER, 39%
Na reportagem intitulada "Dados israelenses sugerem possível redução na eficácia da vacina Pfizer", o NYT registra no 13º parágrafo que o imunizante mais usado nos EUA, cuja eficácia contra a Delta já havia caído de 94% para 64%, desabou:
"Mais recentemente, pesquisadores do Ministério da Saúde de Israel fizeram outra análise. Desta vez, analisaram os casos entre 20 de junho e 17 de julho. Nesse período, a eficácia da vacina foi ainda menor: apenas 39% contra a infecção."
Também na CNBC, com mais destaque.
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