O correspondente-chefe internacional da rede NBC, Richard Engel, observou em meio à primeira coletiva dos militares dos Estados Unidos, após as explosões, que eles estavam detalhando a "coordenação de segurança com o Talibã".
O mesmo Talibã que os mesmos militares americanos, "algumas semanas antes, estavam bombardeando".
Na cobertura das explosões aconteceu algo parecido, com a agência de notícias americana Associated Press remetendo, no título de seus primeiros despachos sobre o número de mortos, a informações obtidas com a Rússia.
De sua parte, jornais russos como Kommersant remetiam a canais como TRT, da Turquia, para noticiar outras explosões que foram ocorrendo em Cabul.
Mas nos EUA já cresciam os chamados, sobretudo na Fox News, por nova intervenção, não sair mais —com o general e ex-assessor de Segurança Nacional H.R. McMaster tratando o país como "novo epicentro do terrorismo":
"Portanto, a questão é: o que devemos fazer agora? Vamos começar a ser sérios de novo? Vamos parar de falar sobre a necessidade de engajar com o Talibã, sobre o futuro do Afeganistão, e em vez disso engajar com outros afegãos, sobre o futuro do Afeganistão? E então realmente dobrar nossos esforços contra o terror amplamente, com parceiros de todo o mundo?"
A RETIRADA CONTINUA
New York Times e Wall Street Journal, sobre a entrevista de Joe Biden em resposta às mortes dos soldados, destacaram as declarações "Nós não vamos perdoar" e "Vamos te caçar até o fim", sobre o novo inimigo americano, Isis-K.
A chamada do inglês Financial Times evitou a retórica e noticiou: "Biden promete prosseguir com evacuação no Afeganistão apesar dos ataques".
SEM IMAGEM
Como aconteceu duas décadas antes, com o ataque ao Pentágono no 11 de Setembro, até o início da noite não foi possível encontrar fotos dos "pelo menos 13" militares americanos mortos no aeroporto de Cabul.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.