Sem destacar imagem, a home page do New York Times noticiou que as "Manifestações pró-Bolsonaro podem ser prelúdio para tomada de poder, dizem críticos". No texto:
"Assediado por queda nas pesquisas e por investigações, Bolsonaro convocou apoiadores a se manifestar em todo o país, numa demonstração de força que críticos temem que possa ser um prelúdio para tomada de poder. Tentou retratar ministros do Supremo como vilões dissimulados que preparam o cenário para o retorno de seu arquirrival, Lula."
Outros veículos americanos, como Washington Post e o portal Drudge Report, foram pela mesma linha.
Mas o próprio WaPo, junto com NY Post, Forbes, Daily Beast, The Hill e o site da Fox News, deu mais atenção para Jason Miller, o ex-assessor de Donald Trump detido por três horas, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, para responder sobre "atos antidemocráticos".
'FARIA LIMA AVENUE'
O Financial Times (acima) destacou que as "Manifestações pró-Bolsonaro colocam Brasil no limite", apontando sua queda nas pesquisas e a perspectiva de derrota "por larga margem para seu principal rival, Lula".
Acrescentou que, "na avenida Faria Lima, versão brasileira de Wall Street, os executivos admitem discretamente que a turbulência está diminuindo o apetite para investir na maior economia da AL".
SÓ CAMPANHA
Já o Wall Street Journal, em cobertura mais contida, tratou os atos como "preparação para a campanha de reeleição", dizendo serem "uma demonstração de força para o líder de direita antes da votação em que ele enfrentará o desafiante esquerdista em ascensão", Lula.
PELOTÃO DE FUZILAMENTO
As manifestações repercutiram de europeus, com o Guardian ressaltando os pedidos de "golpe e pelotão de fuzilamento", a latino-americanos, com o La Nación chamando para a "ameaça golpista".
E desta vez também o chinês Global Times levou o noticiário à home.
MAIS GOLPE
No terceiro golpe em cinco meses na África ocidental, pelas contas do NYT (com a foto, de soldados na capital), a Guiné agora é comandada por um coronel, que passou a ocupar manchetes preocupadas na China e na Rússia, que têm investimento em minério no país.
O Global Times, do editor Hu Xijin, já questiona o papel de Washington no episódio —embora descreva o quadro como "administrável".
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