Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá

Com novo vazamento, corrida armamentista avança via Twitter

Destacado pelo Financial Times, teste de míssil hipersônico entra no jogo de pressão a favor e contra nova Guerra Fria

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Foi manchete ao longo de sábado e domingo no britânico Financial Times, “China testa nova capacidade espacial com míssil hipersônico” (abaixo), fato que teria supostamente “surpreendido” as agências de espionagem dos EUA.

Mas os três maiores jornais americanos evitaram a notícia até pelo menos a noite de domingo. E a newsletter Sinocism, de Washington, sublinhou o “número crescente de vazamentos sobre capacidade dos armamentos da China”.

Um editorial do Global Times, de Pequim, atirou na mesma direção: “Os EUA estão constantemente soltando rumores de que a China está fortalecendo suas ferramentas nucleares, o que se acredita abrir caminho na opinião pública para que os EUA aumentem ainda mais os seus gastos militares”.

Houve algum êxito, de fato, junto à opinião pública americana —em mídia social, ao menos. Apesar da resistência de New York Times e outros, as “Tendências de Estados Unidos” no Twitter, domingo, ressaltavam “Space Force”.

Na descrição da própria plataforma, “pessoas discutem a criação da Força Espacial como ramo das Forças Armadas, depois que o Financial Times informou que a China testou um míssil hipersônico”.

O NYT fez então, entrando pela noite, uma curta menção ao míssil hipersônico, no quinto parágrafo de um texto sobre o risco de nova Guerra Fria —que parte do governo Joe Biden quer evitar.

#STRIKETOBER

O "outubro de greve" nos EUA se difundiu ao longo da semana por mídia social, com a congressista democrata Alexandria Ocasio-Cortez, por exemplo, compartilhando o momento em que piqueteiros conseguem convencer um caminhoneiro a aderir à greve na indústria de maquinário John Deere (acima).

No domingo, entre outros, foi submanchete de Wall Street Journal e Washington Post, este com o enunciado "Greves varrem mercado de trabalho conforme trabalhadores exercem novo poder", diante da falta de mão de obra.

CHINA CORTA CARNE

Também no FT no fim de semana, também contra Pequim, “Proibição de carne na China deixa autoridades brasileiras perplexas”. A proibição, que veio após dois casos de doença da vaca louca, “já dura mais de um mês”.

Autoridades brasileiras anônimas, “consternadas”, reclamam que autoridades chinesas “alegam” estar verificando informações enviadas. E o texto insinua que querem “arrancar vantagem comercial”.

E VENDE CARROS

A financeira chinesa Caixin destaca que o “impulso para o exterior” das montadoras chinesas está dando resultado, com as exportações “mais que dobrando”. Exemplifica com a compra da fábrica da Mercedes em Iracemópolis pela chinesa Great Wall Motor.

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