Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá
Descrição de chapéu toda mídia

Fox News festeja e CNN teme o poder de Elon Musk no Twitter

Agora no conselho da plataforma, bilionário, que cobrava mais liberdade de expressão, promete 'melhorias significativas'

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Via Twitter, o CEO da plataforma, Parag Agrawal, anunciou e deu as boas-vindas a Elon Musk no conselho da empresa. Também o fundador Jack Dorsey. O próprio Musk, agora o maior acionista, agradeceu:

"Ansioso para trabalhar com Parag e o conselho para fazer melhorias significativas no Twitter nos próximos meses!"

Mais ansioso está Tucker Carlson, da pró-republicana Fox News, que festejou "um bom dia para a América", com o avanço do bilionário sobre a plataforma:

"O Twitter não é nem de longe a maior rede social, mas dá o tom para a cobertura. É onde uma classe profissional vai aprender quais opiniões são aceitáveis e quais são proibidas. Elon Musk entende isso. O Twitter 'não aderir aos princípios da liberdade de expressão mina a democracia', escreveu ele. Será que isso pode transformar o Twitter em plataforma de liberdade de expressão? É o que parece."

Brian Stelter, da pró-democrata CNN, apontou o "medo" com a mudança, como destacou a própria Fox:

"Elon criticou o Twitter por não permitir liberdade de expressão suficiente. A grande questão é se ele tentará fazer com que o Twitter mude suas políticas de moderação de conteúdo. Também há medo, 'O homem mais rico do planeta acabou de comprar uma parte grande de uma de nossas ferramentas de comunicação mais importantes'. Ele é incrivelmente poderoso."

A LIÇÃO DO NEW YORK POST

Depois do New York Times, também o Washington Post reconheceu que os emails de Hunter Biden, que o jornal ajudou a suprimir na campanha que elegeu Joe Biden, são verdadeiros.

Em editorial, agora elogia a reportagem original do New York Post e busca defender sua própria "cautela" então, dizendo ser efeito da campanha anterior, que teria envolvido "influência russa".

Também sublinha que "os sites de mídia social mostraram cautela ainda maior; o Twitter bloqueou a matéria completamente e suspendeu a conta do NY Post". Por fim, admitiu:

"A lição aprendida em 2020 pode muito bem ser que há um perigo em suprimir matérias corretas e relevantes."

'PIOR QUE WATERGATE'

Há uma semana, o WPost publicou reportagem de Bob Woodward denunciando "uma lacuna de sete horas" nos registros telefônicos de Donald Trump, no dia da invasão do Capitólio, 6 de janeiro de 2021.

Na NBC, um ex-procurador do caso Watergate, revelado por Woodward, afirmou que "a lacuna de Trump pode ser muito pior do que o apagamento das fitas de Watergate por Nixon".

Mais alguns dias, porém, e o site Mediaite, citando a CNN, destacou que "no fim das contas não havia nada de 'misterioso' sobre os registros das ligações". Eram só "hábitos telefônicos típicos" do ex-presidente.

DEMOCRATAS E O SINDICATO NA AMAZON

Nos EUA, os veículos pró-democratas foram surpreendidos pela criação do primeiro sindicato de trabalhadores da Amazon e, com atraso, passaram a cobrir. A CNN perguntou sobre o Partido Democrata e ouviu, do líder sindical Chris Smalls (acima):

"Eles dizem ser [o partido dos trabalhadores]. Eu gostaria que tivéssemos tido o apoio [que deram a outros], mas não foi o caso. Muitos não acreditaram em nós. Nos descartaram."

Questionado se foi procurado depois pela Casa Branca ou por AOC, respondeu com um sorriso: "Não".

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