Do argentino Perfil à americana Associated Press, avançando pelo indiano R. Bharat, os enunciados se repetiam na terça, a cinco dias da eleição, a partir da morte no Ceará e outras, "Novos assassinatos aumentam temor de violência eleitoral no Brasil".
No Washington Post, "Com aproximação do dia das eleições, cresce medo da violência". Ouve de Marcos Nobre, do Cebrap, que o problema é Jair Bolsonaro. "Não são dois polos. Eles estão jogando dois jogos diferentes. Um está jogando pelas regras democráticas. O outro, não."
Num dos principais alertas do apresentador John Oliver no Last Week Tonight, na HBO, lembrando o primeiro assassinato de um petista por um bolsonarista, no Paraná: "Não é à toa que já houve surtos de violência, diante da retórica de Bolsonaro".
Como resultado, em extenso despacho da agência Reuters na terça, "Policiais na campanha pedem reforços à medida que a violência aumenta", a começar da segurança de Lula.
Entre relatos das mortes por ataques bolsonaristas nas últimas semanas e números crescentes de violência política, ouve de um eleitor petista, num evento em Santa Catarina: "Não uso mais vermelho em público, as pessoas que apoiam Bolsonaro são muito agressivas".
Por agência Efe e outros, a porta-voz da Casa Branca comentou então: "Nós vimos as recentes notícias de violência. Embora o direito à manifestação seja fundamental, os EUA condenam qualquer violência e exortam os brasileiros a se fazer ouvir de forma pacífica".
Na reta final, a violência bolsonarista é a pauta insistente no exterior, para a cobertura. No diário católico francês La Croix (acima), com enviado especial ao "clube de tiro Gunner", na Barra da Tijuca, no Rio, "Armas de fogo, o legado de Jair Bolsonaro".
No serviço internacional da BBC, com imagem de clube de tiro em São Paulo, "Bolsonaro: como os brasileiros se armaram até os dentes durante seu governo (e por que isso dispara alarmes para as eleições)".
No espanhol El País, "Brasil vive uma avalanche de candidatos a deputado com distintivos e armas", mais de 1.800.
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