Na chamada do francês Le Journal du Dimanche, "Lula pode ganhar esta eleição no primeiro turno", destaque de extensa entrevista com o cientista político Gaspard Estrada, da Sciences Po de Paris.
A dúvida sobre o primeiro turno levou a inglesa The Economist a montar uma "pesquisa das pesquisas" voltada ao Brasil e atualizada quase diariamente, com novos levantamentos. No título permanente, "Quão próxima está a corrida entre Bolsonaro e Lula?".
O Datafolha desta quinta (22) repercutiu de imediato, via agência Reuters, com o enunciado "Lula aumenta ligeiramente a vantagem sobre Bolsonaro antes do primeiro turno no Brasil" (abaixo).
Também na Bloomberg, "Apoio a Lula põe vitória no primeiro turno de volta no jogo, diz Datafolha".
Horas antes, o serviço financeiro havia apostado na direção contrária, baseado em notas de bancos e fundos, "Eleição provavelmente terá segundo turno, diz Goldman Sachs" —acrescentando porém que "a vitória de Lula no primeiro turno não é impossível".
Seja como for, prossegue o escrutínio também quase diário sobre o que seria feito da economia num novo governo Lula. A Reuters despachou, por exemplo, que ele "espera chegar a acordo comercial com a União Europeia em seis meses", pelo que falou ao Canal Rural.
E a Economist se questionou, a partir de entrevista com o próprio e com economistas como Bernard Appy e Monica de Bolle, "Quão esquerdista em economia é Luiz Inácio Lula da Silva?". A revista não chegou a responder à sua pergunta.
BRASIL NÃO VAI SAIR ILESO
O Financial Times publica que, embora tenha se adiantado ao banco central americano no aumento dos juros, o Brasil não deve escapar do "efeito colateral" da disparada nos EUA, agora. "É improvável que o atraso do Fed em manter a inflação sob controle deixe o país sul-americano —ou qualquer lugar— ileso."
A inflação está sendo "exportada aos parceiros comerciais" dos EUA, com a valorização do dólar deflagrando uma "guerra cambial reversa" e ameaçando uma "crise de dívida semelhante ao início dos anos 1980".
O FT, hoje de capital japonês, levou à manchete que o "Japão intervém para reforçar iene conforme guerra cambial reversa se aprofunda", citando ações da Suíça à África do Sul. Foi a primeira intervenção em defesa da moeda japonesa "em 24 anos".
O economista-chefe do Banco Mundial avisa ao jornal que "os emergentes estão particularmente vulneráveis" e que "muitos países de baixa renda podem entrar em perigo por dívida".
TRUMP VEM AÍ
New York Times e Politico (acima) noticiam que as ações contra Donald Trump não o abalaram nas pesquisas e até "consolidam" seu apoio no Partido Republicano.
E um dos principais executivos da Meta, Nick Clegg, declarou em evento que o ex-presidente poderá voltar ao Facebook em janeiro, acrescentando que a plataforma não quer se tornar "o maior censor em escala industrial de todos os tempos, na história humana".
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