Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Descrição de chapéu toda mídia

FT vê 'programa ambicioso' de Haddad para enfrentar déficit fiscal

Ministro, ao lado de Tebet, 'decidiu demonstrar que trabalho não havia sido interrompido após distúrbios em Brasília'

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No Financial Times, sobre o pacote fiscal lançado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, "Brasil busca enfrentar déficit com programa econômico ambicioso". Logo abaixo, "Governo Lula anuncia pacote de aumento de impostos e corte de gastos".

Esperava-se o adiamento do anúncio "após os violentos distúrbios em Brasília, mas o ministério decidiu demonstrar que seu trabalho não havia sido interrompido".

No Financial Times, Fernando Haddad, Lula e seu 'programa econômico ambicioso'
No Financial Times, Fernando Haddad, Lula e seu 'programa econômico ambicioso' - Reprodução

O jornal ouve, de vozes da Faria Lima como Mariam Dayoub, que o pacote é "uma boa estratégia até que medidas mais estruturais sejam elaboradas", "o mercado já reagiu bem quando vazou na semana passada" e "o objetivo anunciado é de fato ambicioso".

Destaca ainda a ministra do Planejamento, Simone Tebet, "ao lado de Haddad", dizendo que "este programa de reestruturação fiscal parte da premissa de que não há crescimento sustentável duradouro com déficit de R$ 230 bilhões", como se projetava até então.

Compartilhada por Robin Brooks, influente economista de Washington, a economista-chefe da gestora americana VanEck, Natalia Gurushina, projeta cortes nos juros dos emergentes e "até as expectativas para o Brasil se afiguram melhores, com o governo trabalhando em sua mensagem fiscal".

JUNTAR OS PEDAÇOS

Ao fundo, o FT publicou também que a "crise política dá oportunidade para Lula solidificar seu apoio", ouvindo cientistas políticos como Camila Rocha, do Cebrap.

Em reportagem posterior, no entanto, o jornal pergunta, no título: "Lula consegue juntar os pedaços da democracia brasileira?". Enfatiza que "muitas das instituições do país, dos militares ao Supremo, estão rangendo sob acusações de lealdade dividida".

REPUTAÇÃO

O mesmo FT noticiou o "mergulho" das ações da "varejista brasileira apoiada pelo bilionário co-fundador da 3G Capital" Jorge Paulo Lemann, a Americanas. E anotou que "o filho de Lemann, Paulo Alberto, faz parte do conselho".

Também a Bloomberg vem ressaltando, nos enunciados, que a Americanas é "apoiada por Lemann" e que seu "derretimento atinge os bilionários do fundo 3G" (abaixo), que podem ficar com "uma mancha na reputação após irregularidades contábeis".

Reprodução/Bloomberg

SCHOLZ & LULA

Em meio à "agitação no Brasil", por jornais alemães como Merkur, de Munique, Berlim confirmou visita de Olaf Scholz a Lula no final do mês e, segundo o porta-voz, "estamos em contato constante com nossos amigos brasileiros".

Em dezembro, o país desarmou um golpe de extrema direita que tinha, entre seus líderes, um alemão dono de empresas em Santa Catarina.

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