Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá
Descrição de chapéu toda mídia

Dias depois, cobertura financeira disparou alarme nos Estados Unidos

Agora FT fala em 'capitalismo quebrando diante dos nossos olhos'; teatro militar de Biden e diplomático de Xi fica para trás

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O choque com o pacto mediado pela China, entre Arábia Saudita e Irã, acordou a mídia americana, que correu para noticiar que Xi Jinping vai buscar, ele próprio, um acordo entre Rússia e Ucrânia.

Foi o que publicaram Wall Street Journal e outros, ao mesmo tempo em que destacavam os novos exercícios e vendas militares de Joe Biden, em seu esforço de cerco à China, com Coreia do Sul e Austrália.

Passando por cima do teatro de guerra e paz, as manchetes ocidentais são agora financeiras, com a corrida que fechou dois bancos nos Estados Unidos e derrubou as análises iniciais, dos mesmos veículos, de uma crise isolada.

Desapareceu, por exemplo, o destaque do Financial Times para chamadas como "Tudo que temos a temer é o próprio medo", que garantiam que o Silicon Valley Bank "não é emblemático de um problema maior" nos bancos americanos.

Desde o final de semana, com os vídeos das filas para retirada nas agências do First Republic e outros bancos, em mídia social (acima, reprodução pela Reuters), os enunciados nos EUA estão num crescendo de alarme sobre uma "crise financeira maior", manchete até no New York Times.

Agora são chamadas que vislumbram culpados, como "Crise bancária questiona a trajetória do Fed para os juros", no WSJ e outros, ou que tentam confortar, como "O sistema bancário é seguro, garante Biden aos americanos", no NYT.

Também já se destaca o efeito pelo mundo, com "Startups asiáticas perdem a confiança nos bancos dos EUA", no WSJ, e até "O capitalismo dos EUA está quebrando diante dos nossos olhos", para entrevista do FT com um investidor.

Por outro lado, no fim da reunião anual do legislativo chinês, o Partido Comunista "surpreendeu" e manteve o presidente do Banco Popular da China, o BC do país. Bloomberg, South China Morning Post e outros saudaram como "um sinal de estabilidade" e "prudência".

EM TODO LUGAR

Por trás do Oscar para o filme sobre imigrantes chineses, prossegue a violência contra a comunidade nos EUA, restrita ao noticiário local. O tabloide NY Post e o canal 4 na cidade (NBC) destacaram o ataque a um restaurante chinês em Nova York, a partir de um vídeo da rede social chinesa WeChat (acima, reproduzido no Twitter).

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