No rastro do Financial Times, também a Bloomberg passou a tratar a sério o risco à hegemonia da moeda americana, em reportagens como "China torna o Yuan global em aposta para repelir um dólar transformado em arma", com a ilustração abaixo.
O antagonismo que agora vai "de Taiwan ao TikTok" e as sanções financeiras contra a Rússia "fizeram mais para promover o yuan no último ano do que o governo de Xi conseguiu na década anterior".
"Se os Estados Unidos quiserem balançar o barco, a China vai fazer as mudanças necessárias", diz Victor Gao, da Universidade Soochow e do "think tank" Centro para a China e a Globalização, de Pequim.
A Bloomberg ouve também de Adrian Zuercher, do UBS Global Wealth, que Pequim "está trabalhando para mostrar que há um mundo fora dos EUA e do Ocidente" e enviando uma mensagem a Washington: "Nós não precisamos de você e não precisamos de seu dólar". Esther Law, da Amundi, diz esperar "que o yuan continue sua ascensão em meio ao temor das sanções comandadas pelos EUA e como uma parte prática do papel crescente da China" como fonte de crédito internacional.
Na mesma linha, dias antes na Reuters, "Pequenos passos da China no uso externo do yuan estão começando a ganhar corpo". E na Caixin, "China faz mais incursões para a popularização do yuan".
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