Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá
Descrição de chapéu toda mídia

Lula vai ao G7, mas Biden pode ficar em casa para evitar calote da dívida

Na Reuters, 'Drama da dívida dos EUA invade a festa no Japão'; na CNN, Trump cobrou que republicanos forcem 'default'

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Lula vai à cúpula do G7 na semana que vem, mas "Joe Biden sinalizou a possibilidade de cancelar a viagem caso o impasse sobre a dívida não seja resolvido", no despacho da Reuters.

Ele pressiona republicanos a elevar o teto de endividamento. De Biden, em vídeo mostrado por Bloomberg e outras: "Se dermos calote na nossa dívida, é um problema para o mundo inteiro. A nossa reputação internacional seria afetada ao extremo".

Nesta quinta, uma reunião preparatória para a cúpula foi coberta pela Reuters com enunciados como "Drama da dívida dos EUA invade a festa do G7" e a "ofusca".

A crise "é uma dor de cabeça" para o anfitrião, o Japão, "o maior detentor de títulos da dívida dos EUA" depois que a China passou a reduzir suas reservas em dólar.

A secretária do Tesouro dos EUA teve sua ida "atrasada para telefonar para executivos americanos e aparecer em programas de TV avisando do perigo de não elevar o teto".

Ao chegar, ela quis tratar com os colegas de novas ações contra a China, mas acabou se fixando na dívida, em coletiva mostrada por Bloomberg e outros. Alertou para a "catástrofe" que um calote traria ao dólar "como moeda de reserva".

Buscava responder à entrevista de Donald Trump à CNN, em que ele falou que os republicanos "têm que fazer um calote" se Biden não aceitar "cortes maciços" de gastos. A ameaça foi a notícia mais lida no Financial Times.

Reprodução

PIOR QUE BRASIL E MÉXICO

Segundo a Bloomberg (acima), "o custo para a garantia de títulos do Tesouro contra calote agora supera alguns mercados emergentes, à medida que o governo americano se aproxima de ficar sem dinheiro".

Em outras palavras, no gráfico, "risco do crédito dos EUA parece de emergente".

BRICS CONTRA G7

Ainda na Bloomberg, "Brics vai discutir plano de moeda comum na cúpula da África do Sul", em agosto. Logo abaixo, "Crescem pedidos de alternativas ao dólar para o comércio global". Anota que "o Brics ultrapassou o G7 em 2020, em paridade do poder de compra".

Repercutindo a notícia, o FT abordou dois relatórios sobre "o apelo de Lula pela substituição do dólar" por moeda do Brics, um da Capital Economics, outro do Bank of America. Do banco, dizendo "não descartar inteiramente a possibilidade":

"Mesmo que aconteça, levará um tempo considerável, a menos que adotem logo o renminbi", a moeda chinesa.

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