Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá
Descrição de chapéu toda mídia

EUA fizeram pressão para conter golpe de Bolsonaro, diz FT

Financial Times publica que a eleição não foi questionada, em parte, por causa de 'discreta campanha' americana

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Com a chamada "A discreta campanha dos EUA para defender a eleição do Brasil" (abaixo), o Financial Times publica que "o governo Biden pressionou políticos e generais a respeitar resultado em meio a especulações sobre tentativa de golpe".

Reprodução/Financial Times

O jornal diz ter ouvido "seis ex e atuais autoridades dos EUA", as segundas mantidas anônimas, e que "todas se esforçaram em sublinhar que a maior parte do crédito por salvar a democracia do Brasil pertence aos brasileiros, mas também foi resultado de campanha de pressão do governo dos EUA".

O jornal menciona, de um brasileiro não identificado, que militares americanos teriam ameaçado "rasgar acordos com o Brasil, de treinamento a operações conjuntas". E registra que "o Departamento de Estado e algumas autoridades brasileiras pediram a autoridades taiwanesas prioridade a semicondutores" para as urnas eletrônicas, história veiculada dias antes pelo site The Brazilian Report.

Grande parte do relato do FT cita "Tom Shannon, ex-alto funcionário do Departamento de Estado", que é quem dá voz à cobrança ao presidente brasileiro, no relato do jornal:

"Para o governo Biden, as relações melhoraram, mas há atritos com o novo governo. Lula mostrou pouco reconhecimento da campanha dos EUA. Sua visita a Washington em fevereiro foi discreta e durou um dia. Em abril, ele levou grande delegação à China para três dias em duas cidades. Naquela viagem, Lula rejeitou as sanções dos EUA à Huawei, criticou o apoio militar do Ocidente à Ucrânia e endossou a iniciativa de Pequim por alternativas ao dólar. Um porta-voz de Lula insiste que ele falou em Washington sobre 'a defesa da democracia e as ameaças da extrema direita' e que uma viagem mais longa está sendo considerada. 'As pessoas aqui entendem que haverá diferenças', diz Shannon. "Mas há um tom de raiva e ressentimento subjacente a tudo isso que realmente pegou as pessoas de surpresa... É como se ele não soubesse ou não quisesse reconhecer o que nós fizemos'."

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