Nove meses após a chamada surpresa de outubro, quando Joe Biden impôs controles de exportação para a compra de chips avançados pela China, Xi Jinping impôs controles de exportação sobre metais para produzir os chips, destacaram Caixin e outros na semana passada. Era a "escalada da guerra dos chips".
"EUA e seus aliados precisam ouvir o aviso da China", publicou o Global Times. Os EUA chegaram a ameaçar de volta, com o Wall Street Journal manchetando que Biden avaliava "limitar acesso da China à computação em nuvem". Mas o mesmo WSJ e o Financial Times relataram que Coreia e Japão ficaram "alarmados".
Posteriormente, New York Times e o Nikkei, de Tóquio, este ecoando pelo FT, destacaram que as big techs americanas "não conseguem deixar a China" exatamente por ser o maior mercado para chips ou semicondutores no mundo, além de comprar os seus smartphones, carros elétricos e outros eletrônicos.
O NYT foi além e adiantou reportagem, a sair no domingo, avisando que o "bloqueio da China" imposto pelos EUA desde outubro, "um ato de guerra", pode "sair pela culatra espetacularmente". Aponta o retorno da Huawei, sancionada há quatro anos ainda por Donald Trump, como a batalha que vai definir a guerra.
Ato contínuo, escrevendo de Shenzhen, sede da gigante chinesa, a Reuters ouviu de três "empresas de pesquisa" anônimas que a "Huawei está preparada para superar proibição dos EUA com retorno de telefones 5G" (acima). O veto aos chips avançados atingiu a Huawei quando ela passou globalmente a Apple.
O despacho ecoou por jornais financeiros chineses como Yicai e sites americanos de tecnologia como Tom's Hardware, mas não por veículos de referência, como Bloomberg ou a Caixin, de Pequim. A Reuters projeta a volta à produção de smartphones 5G "até o fim do ano"
Segundo a agência, citando as três fontes, "a Huawei deve ser capaz de adquirir chips 5G no mercado interno usando seus próprios avanços em ferramentas de design de semicondutores, juntamente com a fabricação de chips da Semiconductor Manufacturing International (SMIC)", também no mercado interno chinês.
Na avaliação da agência, o retorno aos smartphones 5G "marcaria uma vitória" para a empresa, que neste ano já teria em 5G o modelo P60, "rival da Apple". Segundo o Tom's Hardware, a Huawei deve fazer uso de um processo de fabricação da SMIC da "classe 7nm", considerado até então fora de seu alcance.
SANÇÕES DISPARAM CORRIDA DO OURO
Reuters (abaixo) e FT destacam relatório anual da empresa americana de investimentos Invesco, mostrando que "um número crescente de países está repatriando reservas em ouro como proteção contra o tipo de sanções impostas pelo Ocidente à Rússia".
O levantamento ouviu 57 bancos centrais e 85 fundos soberanos e destaca, de um BC, anonimamente: "Nós tínhamos ouro em Londres, mas transferimos de volta para o nosso próprio país para mantê-lo para mantê-lo seguro". Repatriaram ouro, entre outros não identificados, Singapura, Índia e países árabes.
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