Na cobertura financeira ocidental, os dados da inflação apontam para a redução da taxa pelo Banco Central. No Wall Street Journal, "Inflação de junho no Brasil reforça perspectiva de corte de juros" (abaixo).
Na Bloomberg, "Inflação no Brasil cai abaixo da meta, abrindo caminho para corte". Na agência Reuters, "Inflação brasileira atinge nível mais baixo em quase três anos; corte de juros no horizonte".
O Financial Times diz que "os investidores precificam cortes iminentes nas taxas de juros em algumas grandes economias emergentes", destacando a América Latina, e projeta uma aproximação com as economias desenvolvidas.
"Enquanto o Ocidente aperta os juros", diz o jornal, Brasil e outros países em desenvolvimento vão na direção contrária, fazendo com que a diferença no custo das dívidas públicas seja a menor em 16 anos. De um executivo da Allianz Global Investors:
"Os investidores estão reconhecendo o estreitamento da diferença de credibilidade entre os formuladores das políticas. Os mercados emergentes fizeram um bom trabalho ao lidar com o choque inflacionário e não tenho certeza se você pode dizer o mesmo de alguns bancos centrais ocidentais."
Segundo o FT, "as perspectivas no mundo em desenvolvimento também parecem relativamente fortes: em nota aos clientes, o Bank of America previu que os emergentes crescerão 4,1% em 2024, à frente de 0,5% nos EUA, maior diferença em uma década".
VIVENDO DE EMPRÉSTIMO
A dívida americana motivou editorial no New York Times, "América está vivendo de dinheiro emprestado":
"Os Estados Unidos agora tomam empréstimos pesados para cumprir obrigações básicas. É cada vez mais insustentável. Uma parcela crescente da receita sai direto pela porta na forma de pagamentos de juros. A era das taxas baixas acabou. Isso exigirá escolhas dolorosas. Mas o fracasso em fazer escolhas também tem preço."
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