Em contraste com os ocidentais, iranianos e sauditas como PressTV, Irna e Al Riyadh abrem suas coberturas com os mortos de Gaza.
No primeiro, "Ataques aéreos israelenses matam mais de 400 palestinos em 24 horas". No terceiro, no "novo êxodo de palestinos, mais 2.000 mártires". Àquela altura, após uma semana, eram 2.329, "metade dos quais crianças e mulheres".
Foi então que apareceu, em sauditas como Arab News, a mudança no tom do príncipe e primeiro-ministro Mohammed bin Salman, afirmando ao secretário de Estado dos EUA que "condena os ataques", que é "preciso parar as operações militares", pelas "vidas inocentes".
Seu chanceler falou mais, ao americano: "O reino exige cessar-fogo imediato e o levantamento do cerco a Gaza". O chanceler iraniano também elevou o tom, após turnê por Iraque, Síria, Líbano e Qatar, afirmando estar preparado para entrar no conflito.
Sem sinal de recuo do governo israelense, apoiado agora por dois porta-aviões americanos, destaque no Ocidente, foram feitos dois telefonemas para Wang Yi, ministro do exterior e integrante da cúpula do Partido Comunista da China.
Segundo o Arab News, citando a agência saudita SPA, o chanceler Faisal bin Farhan pediu a Wang apoio para o Conselho de Segurança determinar a implementação das resoluções sobre a questão palestina, citando as de 1967, 1973, 2003 e 2016, para "uma solução justa".
Segundo a Bloomberg, o secretário Antony Blinken falou por uma hora com Wang e pediu seu apoio para evitar que o Líbano entre na guerra. De sua parte, via China Daily, Wang pediu que os EUA busquem soluções políticas, porque "não há saída através de meios militares".
"A resposta para a questão palestina é a solução de dois Estados, com um Estado independente da Palestina, é assim que a Palestina e Israel poderiam coexistir em paz", disse ele.
Ao fundo, o jornal saudita entrevistou um embaixador palestino, que vê "genocídio" e diz que "Estados Unidos e outros países ocidentais perderam credibilidade como mediadores"
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