Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá
Descrição de chapéu toda mídia

Arábia Saudita e Irã voltam a se falar, por Gaza

Al Riyadh, Irna e outros veículos do Oriente Médio ressaltam longa conversa de MbS e Raisi, de 'apoio à causa palestina'

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Destaque em jornais como Al Riyadh e agências como Irna, o príncipe e primeiro-ministro saudita Mohammed bin Salman e o presidente iraniano Ebrahim Raisi conversaram durante 45 minutos. Foi a primeira vez após o acordo de sete meses atrás, mediado pela China.

No destaque do jornal da capital saudita, 'Príncipe herdeiro sublinha posição firme do reino em apoiar causa palestina'
No destaque do jornal da capital saudita, 'Príncipe herdeiro sublinha posição firme do reino em apoiar causa palestina' - Reprodução/Al Riyadh

Pelos relatos sauditas, MbS expressou sua "posição firme no apoio à causa palestina", rejeitando "atacar civis e ceifar vidas inocentes" e enfatizando "a necessidade de respeitar os princípios do direito humanitário internacional", diante da "gravidade das condições humanitárias na Faixa de Gaza".

Na versão iraniana, "os dois concordaram quanto à necessidade de acabar com os crimes de guerra contra a Palestina" e apontaram a "insegurança destrutiva" que eles provocam. Também "a unidade islâmica foi enfatizada".

O telefonema dos dois novos membros do grupo Brics repercutiu pela região, da Al Jazeera, do Qatar, à Anadolu Ajansi, da Turquia. Também no Renmin Ribao, o Diário do Povo, do PC chinês.

A notícia vem seguida de outras no Al Riyadh, sobre "mais de mil mártires", em "dias difíceis para Gaza, sem comida e sem combustível". Ou, no jornal palestino Al-Quds, de Jerusalém, "mídia em Gaza para de funcionar", sem combustível para geradores e sem internet.

O temor é que as equipes dos canais árabes de notícias, como a Al Jazeera, também se inviabilizem, o que "permitiria à ocupação cometer massacres sem exposição". Segundo o Al-Quds, "pelo menos sete jornalistas morreram na Faixa de Gaza" até o momento.

ÍNDIA FORA DO SUL GLOBAL

O primeiro-ministro indiano Narendra Modi não conversou com MbS, mas com o israelense Binyamin Netanyahu, dizendo: "Estamos com Israel". Agora, com indianos presos em Gaza à espera da "retaliação", segundo o canal NDTV, a cobertura retrata Modi buscando equilíbrio.

O Jagran, talvez o principal jornal, questiona se ele "conseguirá manter o apoio a Netanyahu em meio aos laços crescentes" com Arábia Saudita e Irã, especificamente, com contratos de bilhões em tecnologia e no desenvolvimento do porto de Chabahar.

E o canal de notícias ABP, citando "fontes de alto nível", salienta que "a Índia está 'consciente' de que não seguiu a linha adotada pelo Sul Global" em relação ao conflito, porém "também está preocupada com o destino dos palestinos".

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