Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá
Descrição de chapéu toda mídia

Nos EUA, esquerda volta às ruas pela 'resistência palestina'

Ativistas de Harvard à Universidade da Califórnia apoiam reação, inclusive armada, ao 'regime de violência'

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A conta de X do Black Lives Matter em Chicago publicou no início do conflito uma imagem de parapente com a bandeira palestina (abaixo), mais as mensagens "Eu estou do lado da Palestina" e "Isso é tudo, é isso", e depois apagou.

Tornou-se o alvo da direita em mídia social e por veículos como Newsmax e New York Post. Mesmo após a retirada, no dizer do Daily Mail, o grupo "mantém a agitação ao dobrar seu apoio à Palestina". Como salientou o tabloide, o BLM reafirmou:

"Estamos com a Palestina e com o povo que vai fazer o que for necessário para viver livre. Nossos corações estão com as mães enlutadas, com aqueles que resgatam bebês dos escombros, que estão sob perigo de serem completamente varridos."

Reprodução/X

O parapente com a bandeira é do cartaz de um grupo estudantil da Universidade da Califórnia, convocando para "manifestação pela Palestina", como relata o Financial Times.

Sublinha o "sentimento anti-Israel nas universidades e nas ruas", por parte de "uma esquerda emergente dura". Cita manifestos de estudantes de Harvard e da New York University, responsabilizando Israel pela reação armada palestina.

Da NYU: "Este regime de violência sancionado pelo estado criou as condições que tornaram a resistência necessária. Não condenarei a resistência palestina".

Sem destaque, o New York Times cobriu duas manifestações na cidade no final de semana, a maior no Times Square, a outra com cerca de mil judeus pela paz, diante da casa do líder democrata no Senado, Chuck Schumer. Enfatizou que não houve "violência".

Também sem destaque, o Guardian noticiou que "dezenas de milhares de manifestantes em todo o Reino Unido defendem Palestina livre".

A cobertura com imagens se concentra em mídia social, chegando ao canal palestino Quds News Network, que acaba de ser derrubado no Facebook, mas persiste no X, com cenas dos protestos de Los Angeles a Sidney, na Austrália, além dos atos em países muçulmanos.

No canal Al Jazeera, do Qatar, país que financia historicamente o Hamas, "Dezenas de milhares se manifestam em todo o mundo contra bombardeio de Gaza por Israel", ressaltando as capitais muçulmanas Bagdá, Amã, Islamabad e Jakarta.

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