O Curioso

Marcelo Duarte é escritor, jornalista e, acima de tudo, curioso

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

O Curioso
Descrição de chapéu réveillon

Veja curiosidades sobre a Corrida de São Silvestre, que acontece neste sábado (31)

Criador da prova se inspirou em evento na França, em que corredores participavam segurando tochas

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

A Corrida de São Silvestre, disputada em São Paulo no último dia do ano, vai para sua 97ª edição. No começo, a largada acontecia perto da meia-noite e os ganhadores eram conhecidos nos primeiros minutos do Ano-Novo. Bem mais emocionante que aqueles programas de Réveillon da TV, né?

Em 1989, por causa da festa de passagem de ano na avenida Paulista, a prova se mudou para o período da tarde. Pensa que a história termina aí?

0
Cerca de 20 mil corredores, entre profissionais e amadores, foram às ruas de São Paulo para a 96ª Corrida de São Silvestre em 2021 - Adriano Vizoni/Folhapress-31.dez.2021

Desde 2012, a São Silvestre é uma prova matinal. Os diferentes pelotões partem entre 7h25 até 8h05. Acordar cedo bem no dia em que a gente precisaria armazenar um bom estoque de sono para aguentar a festa...


Quem criou a prova?

O idealizador da Corrida de São Silvestre foi o jornalista Cásper Líbero. Em 1924, ele assistiu a uma competição noturna em Paris, na França, na qual os atletas percorriam o trajeto portando tochas de fogo. Empolgado com a ideia, resolveu implementá-la no Brasil na virada do ano.

A primeira corrida foi disputada à meia-noite do dia 31 de dezembro de 1925. A primeira corrida teve 60 inscritos, mas apenas 48 compareceram. Alfredo Gomes terminou na frente com o tempo de 33 minutos e 21 segundos.

O percurso inicial era de 8.800 metros e já mudou algumas vezes. Desde 1991, os participantes percorrem uma distância de 15 quilômetros.


Quando os atletas estrangeiros começaram a competir?

Em 1945, corredores internacionais não residentes no Brasil começaram a participar da prova. A presença mais ilustre acabou sendo a do tcheco Emil Zatopek, que havia conquistado três medalhas de ouro nas Olimpíadas de 1952. Ele venceu a São Silvestre de 1953, quase um minuto na frente do segundo colocado.

A partir de 1946, os estrangeiros dominaram a São Silvestre. Só depois de 33 anos, o pernambucano José João da Silva quebrou a soberania estrangeira, vencendo em 1980 e novamente em 1985.

Na categoria masculina, o último brasileiro a chegar em primeiro foi Marilson Gomes dos Santos, em 2010. Ele havia vencido também em 2003 e 2005.

As mulheres também participam da São Silvestre?

Sim, mas elas demoraram muito a entrar. As mulheres só começaram a competir em 1975. A primeira campeã da São Silvestre foi a alemã-ocidental Christa Valensieck.

As brasileiras começaram a vencer em 1995, com Carmem de Oliveira. A partir daí já chegaram em primeiro as brasileiras Roseli Machado (1996), Maria Zeferina Baldaia (2001), Marisete Rezende (2002) e Lucélia Peres (2006).


Por que a corrida tem o nome de São Silvestre? Ele era corredor?

Não, não foi por causa disso. Silvestre 1º nasceu em Roma, em 295. De 314 a 335, foi o 33º papa da história do catolicismo.

No seu pontificado, a Igreja se aproximou do Estado, que decretou o cristianismo como religião oficial do Império Romano. Nesse período, foram construídas as primeiras basílicas, como a de São João de Latrão, em Roma, e a de São Pedro, no Vaticano.

O Papa Silvestre foi também responsável pela instituição do domingo como dia santo. Silvestre faleceu em 31 de dezembro de 335 e esse passou a ser o dia em que a Igreja celebra sua memória. Os criadores da prova resolveram usar o nome do santo daquele dia e ficou Corrida de São Silvestre.

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.