Uma tentativa de repactuação do acordo de leniência firmado entre a J&F, controladora do frigorífico JBS, e o Ministério Público Federal acabou suspensa após ser alvo de questionamentos de deputados que integraram a CPI do BNDES e pelo próprio procurador-geral, Augusto Aras. Avisados sobre termos que supostamente estavam sendo negociados, deputados foram ao PGR reclamar, dizendo que tinham informações de que o novo contrato seria excessivamente bom para a empresa.
No bolso Chegou às mãos de parlamentares um documento timbrado do Ministério Público que seria um rascunho da revisão do acordo. Pelo texto, o plano era aumentar o pagamento de indenização e penalidades, pela empresa, em R$ 4 bilhões --a J&F já aceitou ressarcir R$ 10,3 bilhões. Deputados argumentam que o valor é baixo, já que o processo da Operação Bullish cobra valor maior: R$ 24 bilhões.
Não tá comigo As partes envolvidas, Ministério Público, e empresa, não reconhecem a autenticidade do papel. A defesa da J&F admite, porém, que vem tentando fechar pontos abertos na leniência --a divisão do pagamento entre os órgãos públicos é alvo de divergência entre procuradores.
Síndico Uma das líderes do grupo, a deputada Paula Belmonte (Cidadania-DF) diz ter levado a Jair Bolsonaro, nesta sexta (28), a queixa de que a empresa estuda tirar a sede do país sem pagar o que deve. Segundo ela, o presidente concordou com a crítica. "Ele disse que não vai aceitar impunidade", disse ao Painel.
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