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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Petraglia, do Athletico-PR, diz que MP de Bolsonaro é marco de novo caminho sem monopólio da Globo

Presidente do clube paranaense acredita que medida trará novos players para o mercado nacional

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Para o presidente do Athletico-PR, Mario Celso Petraglia, a medida provisória publicada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nesta quinta-feira (18) pode representar "o fim do monopólio" da TV Globo nas negociações por direitos de transmissão do futebol brasileiro.

Assinada após pedido do Flamengo, a MP determinou que os direitos de transmissão dos jogos de futebol podem ser negociados pelos clubes mandantes. Antes dela, a emissora que quisesse exibir uma partida tinha que chegar a acordo com as duas agremiações.

"Extremamente importante [a MP], necessária, e penso que é o início de uma necessidade de união dos clubes posteriormente. A Globo comprou os direitos dos clubes maiores, nos obrigando a irmos a reboque. Não podíamos vender, já que o direito era dos dois", analisa Petraglia.

O presidente do Athletico-PR, Mario Celso Petraglia, durante entrevista
O presidente do Athletico-PR, Mario Celso Petraglia, durante entrevista - Ana Paula Paiva-6.jul.2015/Valor

Para ele, a MP abre caminhos para a entrada de novos players, especialmente empresas de streaming, como a Amazon, que poderão negociar diretamente com os clubes mandantes sem a necessidade de fecharem pacotes com diversos clubes.

"É o nosso novo caminho. Não é uma crítica, mas uma constatação: estávamos em um monopólio de décadas com a Globo", diz.

"Não diria fim do monopólio, não vou pelo negativo, mas pelo positivo de oportunizar a entrada de novos players, principalmente o streaming, que quer o conteúdo para promover suas marcas, como a Amazon", completa.

Petraglia diz que foi Landim quem tomou a iniciativa e a frente de conversar com o governo federal sobre a mudança na lei. Ele debateu com o presidente do Flamengo os prós e contras, mas diz não ter se envolvido diretamente nas tratativas.

"Meu sentimento é que primeiro vamos nos dividir, cada clube vai buscar seus valores, e depois tem o sentimento do que pode ser projetado em conjunto. Como no futebol espanhol: tinha o direitos individuais e depois se juntaram, e o comprador pagou infinitamente mais", afirma.

Em relação ao Athletico, ele diz que os advogados do clube analisam a possibilidade de aplicar a MP em contratos vigentes. O clube paranaense vendeu seus direitos de transmissão em TV aberta para a Globo e em TV fechada para a Turner, mas não chegou a acordo com a emissora carioca em relação ao pay-per-view.

Dessa forma, acredita que a MP poderá auxiliá-los na negociação da transmissão desses jogos.

Ainda que, ao fim, não seja possível mudar os contratos vigentes, Petraglia vê a MP como uma variável relevante nas negociações sobre os direitos de transmissão em TV aberta após 2024, quando vencem os contratos.

"Agora temos que pensar no que será feito a partir de 2025", conclui.

Com Mariana Carneiro e Guilherme Seto

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