Insatisfeito com o veto de Jair Bolsonaro a projeto de lei que perdoava dívidas de instituições religiosas com o fisco, o deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) afirma que três dias antes o presidente disse a ele ser favorável à proposta. Segundo o parlamentar, às 8h30 de quinta-feira (10), no Rio, Bolsonaro contou que havia acordado Paulo Guedes às 5h da manhã pedindo informações, e que o ministro havia consentido com o projeto que interessa às igrejas.
“Fomos surpreendidos com a decisão de domingo. Esse veto é de uma infantilidade jurídica… Desde quando instituição religiosa tem fins lucrativos?”, questiona Sóstenes, que é ligado ao pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus. O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, estava na conversa.
Segundo Sóstenes, nem André Mendonça (Justiça) nem José Levi do Amaral (Advocacia-Geral da União) viram ilegalidade na proposta.
Segundo relatos ao Painel, Guedes advogou pelo veto por uma tecnicalidade jurídica, não pelo custo econômico da proposta. O ministro da Economia argumentou que a reforma da Previdência criou uma trava para a concessão de benefícios, só permitida quando definida fonte de receita alternativa. Bolsonaro disse nas redes que pretende se retratar com religiosos por meio de uma PEC.
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