Gestores de ao menos 1.604 cidades do Brasil disseram que há possibilidade de faltar luvas para os profissionais de saúde nos próximos dez dias caso a curva de internação por Covid-19 continue alta.
O número pode ser maior porque menos da metade dos municípios do país, 2.411, responderam à pesquisa do conselho de secretarias.
Em São Paulo, estado mais rico brasileiro, 160 das 302 cidades ouvidas até a terça (6) afirmam ter problemas para adquirir o item —a capital é uma delas.
O coordenador de auditoria e controle da Prefeitura de Lençóis Paulista (SP), Renato Cassino, disse na pesquisa que há muita dificuldade em comprar luvas de todos os tamanhos. Segundo ele, não é possível encontrar fornecedores de pronta entrega e os preços estão “exorbitantes”.
Com 25 mil unidades no estoque e consumo de 51 mil por mês, Jaboticabal (344 km de SP) também falou sobre o “altíssimo” preço das luvas e fornecedores que vendem apenas sem licitação, o que impossibilita a compra.
A capital paulista afirma na pesquisa que o item é o único insumo que corre risco de desabastecimento nos próximos dez dias.
A cidade consome em seus hospitais 6,1 milhões de unidades por mês e tinha estoque de 222,7 mil.
Procurada, a prefeitura afirmou ao Painel ter material suficiente até o início de maio, mas que preocupa o crescente custo no mercado.
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