No ano do centenário do PCB (Partido Comunista do Brasil), alguns de seus descendentes têm passado por momentos atribulados.
Um deles, o PC do B, vive a pior crise. No ano passado, perdeu seu maior representante, o governador do Maranhão, Flávio Dino, que migrou para o PSB.
Agora, a legenda tem recebido críticas internas pela dificuldade em se atualizar e pode perder mais lideranças. O deputado federal Orlando Silva (SP), por exemplo, está deixando a direção nacional da sigla, da qual fazia parte desde 1997.
Ele e a ex-deputada estadual Manuela D'Ávila (RS), que foi vice na chapa de Fernando Haddad (PT) em 2018, podem deixar o partido.
Já o atual Cidadania, que no passado foi PCB e depois PPS, corre o risco de não cumprir a cláusula de desempenho e por isso tenta se juntar a outra legenda.
O partido tem uma das menores bancadas da Câmara dos Deputados, com sete parlamentares, e poderá ficar sem acesso ao fundo partidário nas próximas eleições.
A Executiva Nacional já aprovou a ideia de compor uma federação. MDB, PSDB, Podemos e PDT são os parceiros em análise. Nesse caso, o Cidadania na prática deixará de existir como partido autônomo.
Há ainda um terceiro descendente do antigo Partidão, que mantém o nome PCB, mas é inexpressivo do ponto de vista eleitoral. Não possui representação no Congresso, embora tenha alguma força em movimentos sociais.
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