Painel

Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Painel

Aliados avaliam que silêncio de Alckmin após fala de Lula sobre aborto foi 1º teste de fidelidade

Ex-governador já disse ser contra o aborto; petista disse que deveria ser 'direito de todo mundo'

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Entre aliados de Geraldo Alckmin (PSB), a avaliação foi de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve uma recaída e voltou a falar para sua base tradicional em seus posicionam entos recentes sobre o aborto e sobre pressão nos deputados.

O próprio futuro vice, no entanto, manteve-se quieto, apesar de já ter externado posições críticas ao aborto no passado. O gesto foi visto como um primeiro teste de fidelidade ao petista.

O ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) durante entrevista à Folha em sua casa, no Morumbi
O ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) durante entrevista à Folha em sua casa, no Morumbi - Bruno Santos-1º.jun.2022/ Folhapress

Em um debate na terça-feira (5), Lula falou que o aborto deveria ser um "direito de todo mundo". "Aqui no Brasil, as mulheres pobres morrem tentando fazer aborto, porque é proibido, o aborto é ilegal", afirmou, completando que quem tem dinheiro pode fazer o procedimento no exterior.

Um interlocutor de Lula afirma que não está nos planos do partido rever a lei de aborto. A crítica do ex-presidente, contextualiza, seria às tentativas de impedir os abortos previstos em lei, como aconteceu com uma criança em Pernambuco.

Na ocasião, servidores do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos se deslocaram até o hospital para convencer a família do contrário.

Em 2006, durante sabatina do jornal O Estado de S. Paulo, Alckmin disse ser "contra o aborto" e "favorável ao planejamento familiar". Na mesma campanha, durante evento em Pernambuco, disse não ver "o aborto como solução", afirmou.

"Nós já temos previstos [na lei] casos de aborto para estupro, risco de morte para a mãe. (...) A solução é evitar a gravidez indesejada", disse.

Lula também defendeu em evento da CUT (Central Única dos Trabalhadores), na segunda-feira (4), que a militância sindical procure deputados e seus familiares na casa deles para pressionar a favor de propostas que interessam ao setor em um eventual governo petista, a partir de 2023.

"Se a gente mapeasse o endereço de cada deputado e fossem 50 pessoas na casa, não é para xingar não, é para conversar com ele, com a mulher dele, com o filho dele, incomodar a tranquilidade dele, surte muito mais efeito do que fazer a manifestação em Brasília", disse. A fala gerou forte reação no Congresso.

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.