Advogado e ex-dirigente do Botafogo, Bernardo Santoro foi o responsável por apresentar o novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, ao presidente Jair Bolsonaro (PL), há cinco anos.

Na época, o então deputado federal Bolsonaro começava a estruturar sua campanha presidencial e precisava de um economista de confiança.

Santoro, que era assessor do PSC, partido de Bolsonaro naquele momento, levou a ele o nome de Sachsida, com quem havia convivido no Instituto Liberal do Rio de Janeiro.

"O Sachsida e eu vínhamos de uma direita mais liberal, enquanto o Bolsonaro era a direita conservadora. Foi o momento em que todo mundo começou a se aproximar", afirma Santoro, atualmente presidente do Instituto Rio Metrópole, vinculado ao governo fluminense.

Sachsida começou a trabalhar com o então deputado no final de 2017, antes mesmo da chegada de Paulo Guedes, o futuro "posto Ipiranga".

"Mas o Sachsida não era guru de nada, era um colaborador", diz Santoro, que também coordenou o programa de governo do ex-governador Wilson Witzel (PSC) e foi vice-presidente de finanças do Botafogo.