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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Executivo que deixou Ministério da Saúde era contraponto à ala anticientífica, dizem secretários

Saída de Rodrigo Cruz gera preocupação pela perda de quadro que se opunha a negacionismo

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A saída do secretário-executivo Rodrigo Cruz do Ministério da Saúde gerou preocupação nos secretários estaduais de Saúde a respeito de como ficará a pasta comandada por Marcelo Queiroga a partir de agora.

Segundo os secretários, Cruz foi o contraponto a posições anticientíficas do ministro e de seus aliados mais radicais repetidas vezes durante a pandemia da Covid-19, estabelecia o elo do ministério com os estados e tinha controle da burocracia de importação de insumos e distribuição de recursos.

Rodrigo Cruz, ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde, durante entrevista a jornalistas
Rodrigo Cruz, ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde, durante entrevista a jornalistas - Antonio Molina-18.abr.2022/Folhapress

Em outubro do ano passado, o então número 2 da pasta chegou a chorar em evento ao falar da vacinação infantil contra a Covid-19, que enfrentou entraves no país colocados pelo próprio presidente Jair Bolsonaro (PL).

Cruz ficou conhecido no governo por ter coordenado a operação para trazer 960 toneladas de máscaras, testes e insumos da China no início da pandemia, em 44 voos realizados a partir de abril de 2020.

Internamente, devido ao desgaste gerado pelos embates, ele já vinha esboçando a vontade de sair há meses.

Servidor público da carreira de analista de infraestrutura, ele tirará 20 dias para decidir seu futuro profissional, seja na continuidade no setor público e na migração para a iniciativa privada.

Para o posto na Saúde, Jair Bolsonaro nomeou Daniel Pereira, que era assessor especial do ministro Marcelo Queiroga.

Pereira é servidor de carreira da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), órgão em que foi diretor-adjunto de Desenvolvimento Setorial e coordenador de Ajuste de Conduta.

Em abril, ele foi aprovado pelo Senado, com 38 votos favoráveis e 5 contrários, para uma vaga de diretor da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), função que deve assumir no fim de julho. Assim, a tendência é que assuma de maneira provisória o segundo cargo mais importante do ministério.

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