Painel

Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Painel
Descrição de chapéu Itamaraty

Ernesto Araújo diz que Bolsonaro é acomodado e não representa valores conservadores

Em evento da direita radical na Espanha, ex-chanceler diz que presidente é tecnocrático

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

O ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo disse, em evento de lideranças da direita radical na Espanha, que o presidente Jair Bolsonaro (PL) se acomodou e não defende verdadeiramente valores conservadores.

"A direita se acomodou no Brasil e me parece que é isso que está se passando com Bolsonaro. É uma direita tradicional, uma direita que não combate", afirmou Araújo, durante participação na Cúpula da Iberosfera, em Madri, nesta segunda-feira (10).

O ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo - Evaristo Sá/AFP

O evento teve como um de seus organizadores o partido direitista espanhol Vox. A mesa de Araújo tinha também o chileno José Antônio Kast, que disputou a Presidência do seu país com uma plataforma conservadora, e uma representante do Fidesz, agremiação do primeiro-ministro húngaro, o autocrata Viktor Orbán.

Araújo foi chanceler do começo do governo Bolsonaro até março de 2021, quando foi demitido por sua postura ideológica à frente do Itamaraty.

Em sua fala, ele condenou a atitude "tecnocrática" e pouco ideológica do presidente. "O presidente Bolsonaro tem um discurso nas redes de Deus, pátria, família, mas não é o que se vê. É um governo tecnocrático", afirma.

À plateia, ele também minimizou as credenciais conservadoras do presidente. Caso ele seja reeleito, afirmou o ex-chanceler, será preciso "recuperar" Bolsonaro para este campo, embora Araújo tenha demonstrado pessimismo com essa possibilidade.

"Eu gostaria de dizer que Bolsonaro é a esperança do conservadorismo, mas não é assim. Se Bolsonaro ganhar, depois temos de ganhar Bolsonaro, para que ele volte a ser o que era. Mas a chance de ele voltar a ser o de 2018 é de 1%", afirmou.

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.