Anunciado nesta quinta-feira (10) integrante do comitê de transição, o deputado federal Marcelo Ramos (PSD-AM) diz que a reforma tributária vai se impor no primeiro ano do governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e, neste cenário, "é inevitável que a Zona Franca de Manaus [ZFM] sangre".
Ramos compara a necessidade de uma reforma tributária à previdenciária em 2019, primeiro ano do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Na sua avaliação, a proposta de emenda tem mais chances de funcionar como uma matriz do que será discutido no ano que vem por dois motivos. Primeiro porque o trabalho do economista Bernard Appy, responsável pelo projeto, tem afinidade com as ideias do PT.
Segundo porque o deputado Baleia Rossi (MDB-SP), que apresentou o texto na Câmara, tem articulado para o partido que pretende aderir à base de Lula.
Avançando a proposta, Ramos, deputado pelo Amazonas que não se reelegeu, acredita que a ZFM deve perder vantagem competitiva.
"Uma coisa é o deputado federal eleito pelo povo do Amazonas que tinha o dever de uma defesa da Zona Franca intransigente e sem nenhuma concessão. Outra coisa é o Marcelo Ramos convidado a participar de uma comissão de transição que vai fazer um diagnóstico e apontar uma solução para a política industrial para de todo o país", declara.
Marcelo Ramos foi um dos nomes anunciados nesta quinta-feira (10) pelo vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) para o grupo de Indústria, Comércio e Pequenas Empresas na transição.
Também farão parte Germano Rigotto (MDB), ex-governador do Rio Grande do Sul e coordenador do plano de governo de Simone Tebet, Jackson Schneider, executivo da Embraer e ex-presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) e Rafael Lucchesi, do Senai Nacional.
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